domingo, 26 de junho de 2011

Fragmentação do "SER"


Não existe nada mais a dizer. Será apenas impressão? Se for, é a mais forte, desoladora e definitiva evidência de nossa falência como seres "superiores". Então por que insistirmos ainda em propor saídas, fazer perguntas e tentar compreender o outro? Tentar compreender nossa condição em um mundo que não está no todo desvendado? Pois não está. Todos os dias deixam de existir formas de vida vegetal e animal das quais ainda nem conhecimento tomamos, Quem somos realmente? O que buscamos e o que de fato conseguimos compreender? Geramos a partir de nossa capacidade intelectual, um número fantástico de informações sobre praticamente tudo o que está em "nosso" planeta. A ciência expõe o que apenas pesquisas e estudos intensos podem possibiitar, mas a ciência possui limite. A religião, uma das criações humanas para concretizar e confirmar, se possível, nossa ligação com o plano metafísico, possui limite. Todas as engenhosas criações e invenções materiais geradas de nossa condição especial para observar, pesquisar e questionar, possuem limites. Nossa condição de "únicos" seres vivos no universo, é muito incômoda após percebermos a fragilidade de nossa "casa" terrena, isso  nos aterroriza. Casa terrena, porque ainda insistimos em viver a expectativa de uma outra morada. Um paraíso idealizado, onde nenhum mal habite, onde apenas a harmonia impere e as dúvidas, medos e sofrimentos estejam banidos. Criamos um mundo quase perfeito com o advento das tecnologias todas disponiveis atualmente. Quase perfeito. Mas, os limites insistem em assombrar-nos, em tirar de nós o sono, desequilibrar nossa suposta capacidade intelectual. A ponto de colocar-nos sujeitos às tentativas de recuperação com o uso de terapias e drogas por nós criadas. Ou naturais, utilizadas como um descanso momentâneo diante do peso da grande dúvida. Nunca sobre este planeta a verdadeira e duradoura "paz" mental. Nunca a experimentamos. Por que? Simplesmente porque as respostas não estão nesse "mundo" limitado que habitamos. As respostas definitivas, não estão aqui. Apenas os artifícios que escamoteiam a verdade, apenas esses encontramos aqui, meias respostas. Criamos simulacros de felicidade, pobres mentes perturbadas que é o que na verdade somos. Somos muito bons para o grande teatro! Mas a vida real e a completa ignorância do por que existir simplesmente destrõem em  nós qualquer posssibilidade de "harmonia" e paz interior. O que estará reservado para nós? O que pretendemos como seres em busca unicamente de respostas que nos tranquilizem e tragam a luz de uma explicação razoável? Definitivamente nao sabemos. Fragmentos cósmicos. Talvez só após a verdadeira compreensão e busca de reorganização do ego, poderemos, reunindo tais fragmentos, encontrar o "ser". Fragmentos cósmicos por enquanto é o que somos.

domingo, 12 de junho de 2011

O Sistema


Existe um grande inimigo, poderoso, frio e absolutamente insensível. O sistema financeiro. Ele, age agora, enquanto voce lê este texto. Seu único objetivo é lucrar, e não se preocupa muito com a ética em sua busca por mais rendimentos. O sistema, não precisa montar linhas de produção, pois as casas da moeda de cada país capaz de produzir seu principal alimento, o papel-moeda, produzem para ele. Ele apenas "administra", toma para si a "responsabilidade" de fazer com que o dinheiro se multiplique. Mas seus artifícios para auferir lucros nem sempre são "limpos". Imagine, viver em uma sociedade onde os juros ao final de um ano em cartão de crédito (dinheiro fictício quando voce compra, mas real na hora de pagar) possam atingir números próximos ou superiores a 500%? Pois existe. Assim o sitema financeiro, sobrevive. Alimenta as opulentas mansões de seus gestores, com o que há de melhor neste planeta, e olhe que o planeta não está lá essa maravilha! Podem comprar praticamente tudo, a partir de algo que não produzem. E, na contramão de seus sucessos está a destruição e decadência de milhões de pessoas, de nações inteiras. Contudo, o sistema financeiro não se preocupa com nada disso, pois ele não se importa com os meios e danos, apenas com os ganhos. Ele não se abala, pois ele nunca é de fato atingido, tem algumas "recaídas", mas sempre é socorrido e salvo. O caminho materialista que o capitalismo nos legou, proporciona praticamente tudo a atual sociedade, tudo que for material, mas esse "sistema" se preocupa com o ser humano? Claro que não, o ser humano não é importante a não ser para o consumo e, óbvio, consequentemente a produção de seus lucros e ganhos. A sociedade atual com certeza vive um dos períodos mais nefastos e desalentadores no que diz respeito ao trato de princípios e valores, sem nenhum trocadilho infame. Pois, quando propõem-se a liberdade para o "dinheiro" em detrimento da liberdade para o ser humano. É sinal de que estamos realmente muito distantes de alguma justiça ou luta consciente por ela. E o pior é perceber que fomos nós, os seres humanos que criamos tal armadilha. No geral, as "coisas" não andam nada bem...