domingo, 20 de novembro de 2011
Oh!
Há pouco tempo um meteóro passou a uma distância muitíssimo arriscada para a estabilidade do "nosso" planeta, consulte a rede mundial de computadores para obter detalhes. Se é que os terá. Pense, se o meteóro colidisse com o planeta, como estaríamos agora? Talvez, assim como no grande inverno glacial que assolou o planeta a milhões de anos, estaríamos no início do processo. Mas ele não colidiu, e olhe que em proporções cósmicas ele passou a alguns metros ou centímentros de nós. Não temos a menor noção do risco que corríamos, mas corremos e foi grande. Enquanto isso, diante da vitrine de um shopping qualquer, escolhemos as cores do próximo calçado ou roupa. Em uma lanchonete, escohemos pelas imagens o sanduíche de melhor sabor. Diante de monitores de telas de LCD, escolhemos até em votações "on line" os vencedores de algum "reality show". Os cientistas e estudiosos, esses não. Esses diante dos monitores que mostram-lhes a verdadeira realidade física. Sabiam o que temiam. Os poderosos, protegidos em refugios anti-catástrofe. Alguém precisa sobreviver e guiar aqueles outros poucos que restarão. Os cientistas são seres "fabulosos", pois divertem-se tanto às custas de todo o universo. Divertem-se até o limite de seus conhecimentos, e eles sabem onde estão esses limites. Imaginem, todos unidos. Como canta Morrissey, "shoplifters of the world, unite". Com voz agradável para os ouvidos daqueles que deixarão de existir. "Uni-vos", ladrões do mundo. Ladrões aqui no melhor sentido, entendam. Uni-vos, pois é chagada a hora, não temam. Não há saída, lembram? Assistir ao fim do mundo sendo sujeito da história e também vítima, será único e um privilégio apenas nosso. Pois temos tecnologia para isso. E será tão surreal, nós todos unidos pelo medo do fim. Imaginem, todas as religiões, sem importância alguma nesse momento. As catedrais e os Templos ruindo, e nós diante de nossos monitores assistindo e sem votação dessa vez, tudo bem! Eternos enfim, e o "riff" fantástico da guitarra de Johnny Marr, ecoando. Nada de funk para o fim do mundo, por favor! Eu escolhi minha canção para o fim. Escolha a sua. E cantando...cantando...e nunca mais o tédio. Oh!
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Subjetividades e Estrelas
Um grupo de pessoas luta por uma "causa". Vazia. Estudantes da USP. Milhares de outras pessoas tentam se comunicar virtualmente. A grande e absoluta maioria jamais estará diante uma da outra. Usuários da "rede mundial de computadores". Uma pessoa com menos de trinta anos, cria uma rede "social", quase ninguem permite-se desvendar. Zuckerberg. Outros criam o maior banco de dados do planeta. Lucro. Solidão diante dos monitores. Centenas de milhares de tribos, acessórios, roupas, adereços. E quase ninguém permite-se conhecer de fato. O outro? Existe? Seres humanos retratados em suas mais naturais e bizarras expressões. Klein. Ditadores assassinados. Outros depostos, outros insistindo ainda em respirar. Até quando? Em nome do lucro, milhares de hectares de florestas destruídas. Supostamente para alimentar-nos, mas o que se produz seria praticamente suficiente para alimentar as populações, contudo, o que se joga fora...! Egoísmo. As cidades entupidas de automóveis, gás carbônico e mais egoísmo em transito individual. Cada um em seu próprio reino-móvel. Pedidos e mais pedidos de socorro, talvez "mensagem em uma garrafa". Mas ninguém percebe, ninguém quer comprometer-se ou melhor, pouquíssimos permitem-se. Vivos. Lúcidos e Quase Solitários. Mais egoísmo. Bilhões e bilhões em dinheiro, poucos controlam, e pouco distribuem. Muitos anseiam, poucos alcançam. O que? Não se sabe. Sabe-se sim. a Harmonia, Alguma Paz ou Algum Alento. Assim de propósito as maiúsculas. Em uma viagem de ônibus, a história de uma pessoa que teve o irmão de dezesseis anos assassinado por envolvimento com drogas. A culpa que toda a família carrega. Sozinha a família não é culpada. Toda a sociedade assassinou o jovem. Consumo intenso, mais egoísmo. Indiferença, mais egoísmo. Um enorme desprezo por tudo e todos que não estão à nossa altura. Mais egoísmo. A história tão curta escrita pelo jovem. As famílias. Os filhos. Os pais, tão tristes e também meio "assassinados" juntamente com o filho. Egoísmo, egoísmo e mais egoísmo. Quero me divertir, não me importa se voce sofrerá. Quero, quero e quero...! Idealistas, sonhadores e "lunáticos", desejam o bem. Nós os egoístas, morremos...
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