sábado, 23 de julho de 2011

Amy Winehouse

Amy Winehouse está morta, ainda ontem falava sobre ela, assim citando artistas da cena musical de quem gosto. Ontem, ainda se podia sonhar, como eu sonhava, em poder vê-la ao vivo e ouvir é claro. Ontem. Hoje a cantora de tão bela e expressiva voz, está morta. Ver ao vivo, nunca mais, apenas sonhar. Amy cantando dores universais de perda e abandono, identificada por uma legião de fãs e admiradores, que também perdem e sentem-se abandonados, assim como Amy. Agora, uma tristeza assim, como a de quem perde alguém familiar. A vida pesada e real sempre, Amy suportou até agora. Milhões pelo mundo vivendo a mesma vida real e agora sem a música de alta qualidade e sincera cantada por ela, que sofria como milhões. Amy, morta por excesso de drogas e álcool, mesmas substâncias que nesse momento estão sendo usadas por pessoas que admiravam a cantora, algumas aparentemente controlando o uso dessas substâncias. Esta semana, assistindo ao programa de Caco Barcelos na tv, a imagem da destruição implacável imposta pelo vício. Crianças viciadas em crack e outras drogas, crianças oriundas de familias, até semelhantes a de Amy, com problemas, convivendo com cenas fortes de violência e descontrole em suas casas, enquanto as possuíam, crianças entregues à própria sorte. As drogas, as frustações e o peso de existir. Todos almejam, as crianças daqui, ou Amy Wineshouse, os deserdados e abandonados de todas as formas, os que buscando em alguns momentos de alguma lucidez  tentam alcançar, veio para Amy. O alívio. Pena que assim definitivo. Sem volta. Aqui faço minha homenagem a alguém que sinceramente me deu muito sem nunca saber e às crianças quase perdidas do mundo. Amy, cante, aí do céu uma canção bonita para as crianças. E viva agora pra sempre!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

PS456


No início de 2012 a PlayStation lançará o PS4 em versão inovadora. Console este que promete novidades surpreendentes e cada vez  mais interativas para o gamer. As perspectivas de vendas são superiores a 20 milhões de unidades. Por que será que estou escrevendo sobre games? Porque simplesmente a vida a partir deles é muito mais interessante, "real" e definitiva. Não existe possibilidade de dúvidas em games. Todos os papéis estão bem definidos. O mal é o mal e o bem é o bem, pronto. Um gamer apenas executa o que precisa ser executado, todos os comandos estão ao seu alcance, jamais um gamer, perde o controle. Aventuras em todos os lugares possíveis, desafios que apenas os mais bem preparados soldados dos melhores exércitos do mundo, estão capacitados  para enfrentar. Ele, o gamer, também domina. E tudo sem correr risco algum, nada de ferimentos, nada de sofrer de fato, nada! Uma viagem sensorial plena, ou quase. Olhos atentos aos obstáculos e inimigos. Mãos totalmente adapatadas para manobras as mais espetaculares possíveis e impossíveis também, afinal é um "game". Nele tudo é possível. Os vilões caem como aves abatidas em voo, sem resistência. O mal,  na verdade jamais vence a guerra, se tanto algumas batalhas. A guerra sempre é vencida pelo bem, o "gamer". Seguro em seu domínio, garante a "paz" em mundos paralelos e já não mais "virtuais", pois está em sua mente. E a mente não é real? O que está nela também já não o é? Sim, vamos garantir a nossa felicidade, em altares "hi-tec". Cinco milhões de cores disponíveis, para olhos que não percebem sequer uma centena delas. Simuladores reais, pois estão no software do game, para viagens não mais virtuais, pois a mente e o jogo são um só neste momento. E vamos assim aguardando e nos curvando ao nosso novo tótem. Sempre na expectatviva de que a existência virtual que já está tão dentro de nós, um belo dia se materialize. Vamos jogar e ganhar. Vamos para a nossa hoje possível vida real. Em um game. Que venham todos os PS.