quinta-feira, 7 de julho de 2011
PS456
No início de 2012 a PlayStation lançará o PS4 em versão inovadora. Console este que promete novidades surpreendentes e cada vez mais interativas para o gamer. As perspectivas de vendas são superiores a 20 milhões de unidades. Por que será que estou escrevendo sobre games? Porque simplesmente a vida a partir deles é muito mais interessante, "real" e definitiva. Não existe possibilidade de dúvidas em games. Todos os papéis estão bem definidos. O mal é o mal e o bem é o bem, pronto. Um gamer apenas executa o que precisa ser executado, todos os comandos estão ao seu alcance, jamais um gamer, perde o controle. Aventuras em todos os lugares possíveis, desafios que apenas os mais bem preparados soldados dos melhores exércitos do mundo, estão capacitados para enfrentar. Ele, o gamer, também domina. E tudo sem correr risco algum, nada de ferimentos, nada de sofrer de fato, nada! Uma viagem sensorial plena, ou quase. Olhos atentos aos obstáculos e inimigos. Mãos totalmente adapatadas para manobras as mais espetaculares possíveis e impossíveis também, afinal é um "game". Nele tudo é possível. Os vilões caem como aves abatidas em voo, sem resistência. O mal, na verdade jamais vence a guerra, se tanto algumas batalhas. A guerra sempre é vencida pelo bem, o "gamer". Seguro em seu domínio, garante a "paz" em mundos paralelos e já não mais "virtuais", pois está em sua mente. E a mente não é real? O que está nela também já não o é? Sim, vamos garantir a nossa felicidade, em altares "hi-tec". Cinco milhões de cores disponíveis, para olhos que não percebem sequer uma centena delas. Simuladores reais, pois estão no software do game, para viagens não mais virtuais, pois a mente e o jogo são um só neste momento. E vamos assim aguardando e nos curvando ao nosso novo tótem. Sempre na expectatviva de que a existência virtual que já está tão dentro de nós, um belo dia se materialize. Vamos jogar e ganhar. Vamos para a nossa hoje possível vida real. Em um game. Que venham todos os PS.
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Bacana demais Elloy, na vida virtual é mais colorido, bem feito e bonito, mas é frio e distante sem nenhum tato além do mouse e teclado.
ResponderExcluirAbaixo uma poesia do Bandeira que eu adoro:
" O Bicho
Vi ontem um bicho,
Na imundície do pátio,
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava,
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho meu Deus, era o homem."
Manuel Bandeira dezembro de 1947.
Abraço e boa semana Ellooy!
Douglas Tolentino
Banda_CUATRO
Douglas Tolentino, que bom ler seu comentário e acompanhando justo por esse poema do Bandeira. Conheço o poema. Voce e as pessoa envolvidas com a criação e arte sabem muito bem o que está acontecendo. No fundo somos nós, os humanos, sofrendo um pouco mais. Obrigado, amigo e Força Sempre!
ResponderExcluirAbraços Edison, e sucesso!
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