terça-feira, 30 de agosto de 2011

Da Humanidade

Lady Gaga pode ser quem ela quiser. Porque ela já sabe. Quando na ilha perdida da Ásia a erupção no grande vulcão eclodiu e quando por longos seis anos, para mudar de vez a história de toda a humanidade o planeta foi tomado por um inverno glacial e só restaram em torno de mil seres da espécie humana. Lá estava Jo Calderone, lá estava Lady Gaga, lá estávamos todos nós. Nossos alteregos todos. Tão poucos daquele longo inverno, iniciando toda a fantástica e milagrosa epopéia humana. E não por acaso a voz, a comunicação por emissão sonora que adaptamos e transformamos em sinais codificáveis. Não por acaso a voz é o instrumento que Lady Gaga, travestida, mas também ali representante de todos os seres humanos do planeta, usou para falar dos iguais, nós. A voz que para utilizarmos ao emitir coloca-nos em risco iminente de morte, pois adptamos o sistema digestivo para tal, não nascemos com a capacidade de falar. Mas sim a criamos, talvez influenciados e observando a natureza animal em volta. Ouvindo sons ancestrais e desejando reproduzí-los. Grunhidos no início. A voz salvou-nos da extinção, mais do que qualquer outra capacidade que carregamos, a capacidade de nos comunicarmos através de sons inteligíveis trouxe-nos até aqui. Evoluímos materialmente, tudo o que existe à nossa volta que não brote da terra, foi construído por nós. Tudo. A contradição é que nós também criamos os mecanismos para nossa destruição, estão aí. Ainda existem arsenais nucleares, voces lembram? Tudo pode de novo como naquele dia na ilha perdida se repetir, a diferença é que agora sabemos. Usando algo que praticamente inventamos, podemos baseados no que vivemos, reformular e refazer nossa caminhada. Todos. Vamos ouvir e cantar...Viva Lady Gaga, viva Jo Calderone, e salve todos os que ali na África resistiram após o grande inverno glacial... Salve, pois nós, somos eles.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Do Poder da Manipulação

Grandes conglomerados empresariais tem interesse total em nossos hábitos de consumo. Voce sabe disso! E claro que por uma única razão: Lucro. Os grupos que controlam a venda legal, e regulamentada de produtos que contém álcool são os que mais insidiosamente bobardeiam-nos com sua publicidade cirúrigica, pois é ininterrrupta e precisa, agora mais do que nunca o alvo é a juventude. Pois quem será o grande consumidor de amanhã? São dados científicos de que até os 21 anos as capacidades plenas do corpo humano como um todo, ainda estão em processo de formação. Tanto físicas quanto mentais. Na Europa, nos Estados Unidos e na maioria dos países das Ásia, publicadade de álcool  é praticamente inexistente na grande mídia. São severamente controlados horários e locais para sua exibição. Aqui, enquanto isso os exemplos da forma ardilosamente planejada dessas ações, chegam ao ápice ao se colocar o treinador da seleção principal de futebol vendendo produto alcóolico. Que terra livre e alvissareira. Olhe como protegemos do que ainda não se conhece todos os efeitos, nossa infância e juventude, Olhe como somos bons e amamos nossos filhos! Uma entre cinco pessoas sofrerá um dia os efeitos nocivos de outras drogas ou álcool. Tudo bem, somos livres e podemos sim usufruir das prazerosas possibilidades advindas do consumo de vinho, cerveja, destilados em geral. Mas nos preparamos para fazer isso com responsabilidade? Temos ou teremos esse controle total? Resguardaremos de fato os filhos de nossa terra de algo que pode ser tão avassaladoramente destrutivo em idade inadequada? Somos um dos poucos países do grupo dos emergentes a permitir ainda tal publicidade tão livremente. Eles, sabem muito bem vender a ilusão de que está tudo bem, e o  tempo todo. Mas sabemos que não está. Vamos ficar alertas, para que agindo em defesa de nossa infância e juventude, estejamos agindo em defesa de nós mesmos. Pois o mal tem artimanhas e poder para fazer com que adormecidos, possamos ser simplemente usados apenas como números positivos em suas estatísticas de consumo. Queremos isso?

domingo, 7 de agosto de 2011

Da Arrogancia

Um certo homem decide fazer uma limpeza étnica à sua volta, planeja por meses seu ato extremo, cuida dos detalhes. Nada poderá dar errado no dia marcado. Sua ação vai sim abalar psicologicamente uma nação inteira, além de repercutir pelo planeta afora. Este homem executará mais de 70 outras pessoas, humanas como ele. Pessoas comuns, contudo pessoas marcadas para que ele possa do alto de sua arrogância proferir que seu gesto é para o bem de sua nação, de sua "raça"; superior e pura. Em sua mente apenas a nobre intenção de seu  gesto maior. Assassinadas, destruídas e desonradas, isto sim por seu gesto. Inocentes, jovens, adultos. Mães e pais. Filhos dessa nação e de outras. Estas pessoas sofrerão a infame tarefa de expurgar o mal da mente do homem que decidiu assassiná-las. Ele está vivo. Ele profere que a mistura racial não é positiva ou benéfica, ele aponta os limites e falhas, segundo ele dos que se prestaram a essa  mistura. Ele tomou o lugar de um semideus, porém um deus miseravelmente só, triste e equivocado. Egoísta, pois não se posta em momento algum na pele daqueles que ele julga inferiores. Não tenta perceber a sua total semelhança e cumplicidade em igual condição, humana. Esse homem esquece que os povos do continente que supostamente ele quer defender de invasões de "bárbaros" contemporâneos, liderados por mandatários com o mesmo grau de arrogância que o seu, invadiram, assassinaram e roubaram em terras distantes; outros continentes. Espoliaram, investidos de sua crença na superiordade. Roubaram prata, ouro e até hoje levam para si diamantes da África, da Ásia e das Américas levaram e continuam levando minerais preciosos. Onde o povo espoliado que tem fome e sede de alguma justiça irá buscar auxílio, senão nas terras dos escolhidos, dos superiores e dos puros? Onde? Este homem está vivo, e cabe a nos humanos, tão humanos quanto ele, medirmos em nós o que temos feito par alimentar tais atos e visões equivocadas. Aqui uma homenagem aos que naquele dia planejavam apenas terminá-lo bem, deitar, dormir e os que pudessem, sonhar com justiça, irmãos e irmãs juntos sob a sombra das belas árvores de tão bem cuidados parques noruegueses.