quarta-feira, 30 de maio de 2012

Um Plano Simples, Viver

O plano seria o de escrever algo leve ou corriqueiro, falar talvez sobre o cotidiano. Sobre tarefas diárias comuns, fazer algumas compras, cuidar da casa, ouvir música ou ir ao cinema ou ao teatro. Entrar em um automóvel, reclamar do trânsito, esperar um ônibus e reclamar também. Enfim, viver. Mas, ontem na Síria, segundo informações da imprensa internacional,  em torno de 90 pessoas foram mortas. Antes na sexta-feira da semana que passou outras mais de 100 pessoas foram executadas. E de forma mais enérgica, governos de vários países demonstraram sua condenação oficial aos acontecimentos, pedindo a saída de representantes da diplomacia síria de seus territórios. Atrocidades cometidas em nome do controle e da manutenção do poder de um regime falido. Sim, pois falido em essência é todo e qualquer  regime de governo que cerceie o dreito à experessão livre de idéias, dos pensamentos e da liberdade individual. Em alguns momentos a impressão que se tem é a de que ainda vivemos em algum século perdido em passado distante. Mas hoje, cercados por todos os resultados práticos dos avanços materiais e intelectuais ainda insistimos em manter  comportamentos anacrônicos, obsoletos e limitadores. A força sendo usada a todo instante para conter manifestações onde se pede justiça, No caso da Síria pedem mais que isso, lá a vida em sua acepção maior é quem clama por justiça. E os governantes debruçados em números e tomados da certeza de agirem de forma correta, apenas decidem. E os comandados as executam. Disparam bombas e tiros, de tanques de guerra ou de fuzis bem cuidados, contra a população desarmada e apenas com o desejo de  viver o cotidiano. Não importa onde, as pessoas desejam apenas a vida cotidiana. Vivemos e nos relacionamos é no dia a dia. Tudo bem que há desajustes, mas os níveis elevados aos quais estamos permitindo que estes alcancem, ultrapassaram o limite da normalidade. E aparentemente sedados por não sabermos mais qual tipo de droga, assistimos a tudo com  uma terrível e doentia naturalidade. Não podemos e não devemos permitir que a frieza em analisar e absorver sem contestar as injustiças, se instale em nós. Não podemos, pois assim estaremos sendo coniventes com todas as injustiças. O plano é simples, mas viver exige mais de todos nós. Fiquemos atentos e de olhos e mentes bem alertas para também não cairmos na armadilha dos que as armam contra nós. E eles estão aí a planejar suas ações  de controle o tempo todo. Cuidemos de nós e estaremos também cuidando da vida de todos os outro que habitam o mesmo planeta que nós. Vamos celebrar a vida antes de tudo e derrubar todas as formas de injustiças a partir de cada um de nós. É possível.

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