domingo, 27 de fevereiro de 2011

Viva A Revolução Da Juventude Lúcida


O mal não poderá vencer. As batalhas, muitas, até ele sai com a impressão de que é vitorioso, mas a guerra. A guerra. A juventude lúcida nas ruas do oriente médio ou norte da África, vencerá. Está vencendo. Entregando-se por completo, muitos deixando suas vidas nos "campos". Mas não é assim que nascem os mártires? E não é pela liberdade de todos que eles lutam? A parcela de liberdade de cada pessoa de bem do planeta? Não é por todos que estes jovens estão lutando, sofrendo e morrendo? O ditador ensandecido de um país quase afogado em tristeza, disse que aqueles jovens ali "drogados" e "fora de si" não representavam o povo. Ele o ditador os representa. A juventude simplesmente o desafiou. Vamos retomar o que pertence a todos. Parecia ser este o lema. Não parecia. este é o lema. Esta é a unica saída. A verdadeira revolta contra injustiças gritantes. Contra um louco auto-intitulado governante "vitalício" de vidas que não lhes pertencem. Um louco ordenando a destruição de campos de petróleo que pertencem ao povo. Viva a verdadeira revolução, a juventude lúcida e sem medo. Porque percebeu que não se pode viver toda uma vida de joelhos. Viva! Viva a verdadeira vida pulsando nos corpos da juventude lúcida. Da atitude revolucionária e salvadora. Da energia vital e única, das mentes livres de egoísmo nessa hora. A hora da verdadeira e única revolução. Dos corações em estado de esperança, das conquistas não só para eles, mas, também para gerações que virão. Viva! Não, não são jovens embriagados e drogados. São jovens vivos e lúcidos. Conscientes de que o dia do basta chegou e, de que eles fazem parte dessa revolução. Lúcidos e com suas energias e almas puras, limpas e eternas. Viva! (Foto: Marco Aurélio Prates)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Insustentável Leveza

-Estou feliz! Ouvi um amigo dizer um dia desses. Perguntei porque, ele respondeu: Por nada, assim sem razão, feliz. Parece estranho ouvir tal afirmativa nos dias de hoje, ou talvez sempre foi estranho. Temos que ter razões para tudo. Para levantarmos a cada manhã. As práticas, são o trabalho, as atividades cotidianas da casa, as crianças para a escola; quem as tem é claro. O cão para passear, quando o "amamos". O automóvel para a revisão ou para reabastecer. Tantas e diversas razões diárias. Apenas a vida prática, racional e produtiva. Mas temos nossas depressões, mal estar aparentemente sem causa. Nossos medos, receios, desesperanças. Frustrações, sejam racionais de fato ou subjetivas. Mau humor, o calor, a falta de chuva ou o excesso dela. As notícias. Ditadores não querem deixar o poder. As pessoas vão para as ruas, muitas morrem. Terremoto, o pânico, o medo de novo. Pessoas morrem, sem ver a queda dos ditadores. Tenha certeza que algumas vítmas no terremoto estavam sonhando a milhares de quilômetros de distância, com a queda de alguns deles, ou de todos eles. Mesmo assim morrem. Felicidade gratuíta. "Leve urgência construindo amor supremo". Leve porque nem percebemos que no fundo nossa vontade é sentir o bem estar que meu amigo sentiu. Urgente porque há milhares de anos, justo o contrário tem sido erguido por nós, o desamor. Vez ou outra, surgem uns iluminados e nos indicam novamente a possibilidade, mas voltamos para a vida prática. O automóvel, o cotidiano pobre em sentimentos e verdadeiras razões para sentirmos como meu amigo, feliz apenas...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Johnny Cash

Ouvi Johnny Cash cantando a canção One da banda U2. E tenho certeza agora de que Deus existe. Porque só algo superior para permitir que Johnny Cash vivesse entre nós. Ouví-lo com sua voz inconfundível, praticamente impassível diante das adversidades cantar: "Que o amor é um templo, que o amor é a lei maior". É simplesmente transcendental, porque é Johnny Cash cantando. Porque todas as respostas parecem surgir com sua voz monocórdica declamando os versos. Ele não expressa suas emoções, ele deixa para que o ouvinte o faça. Ele apenas declama. Todo o julgamento, toda a decisão e o caminho a percorrer nos versos da canção ficam por conta de quem do lado de cá conseguir perceber que Johnny Cash disse tudo, tudo com sua voz, usando versos de outra pessoa. O trovador mais que solitário. Aquele que desafiou toda e qualquer dor. Que os desencantos e as dúvidas descritos na letra, transformam-se em um hino à esperança plena de algum conforto. Pois, não se pode conceber sofrimento eterno. E Johnny Cash, logo ele que tanto sofreu, canta suave e denso: "Que o amor é um templo, que o amor é a lei maior". Viva Johnny Cash!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Vida, Sempre!

Não há como lutar contra. A vida sempre vence. Seja nos lugares considerados mais inóspitos para sua existência ou seja agora, aqui ao nosso lado. Sempre a vida em demonstração inequívoca e ininterrupta de sua força e missão; existe. Uma criança recém nascida, com o cordão umbilical ainda ligado a si foi retirada e salva da morte em um córrego. No Brasil. Estranho como as reações são tão humanas quando tais notícias chegam ao conhecimento da população. Estranho mais ainda partir de pessoas tão semelhantes a estas que se compadecem diante de gestos tão extremos e bárbaros, atos semelhantes. Toda a complexidade da condição humana está muito longe de ser desvendada. Pois, os mesmos que lamentam, podem ser aqueles que amanhã cometerão o próximo ato que emocionará seus iguais. Em um ciclo que é claro terá fim um dia. Mas, ainda mais misterioso ao nosso intelecto é compreender o por que. Se houver é claro resposta apropriada que nos garanta explicação. Nossa condição de talvez sermos os únicos seres vivos "inteligentes" do universo pesa-nos e muito. A grande dúvida, o medo de só a nós "pertencer" todo o universo, a responsabilidade de mantermos algo tão fantasticamente superior à nossa compreensão. Mas, além de todos os nosos limites reais e os aparentes está a vida. Esta segue seu fluxo como os córregos, poluídos ou não, correm para os rios e estes, correm para o mar. Sempre a vida.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Muita Atenção, Sempre!

Precisamos de apenas um segundo para perdermos o controle de nossa razão e cometermos algo nocivo. O mais estranho é que para fazer o bem, costumamos "pensar" bem mais. Ponderar sobre se tal pessoa ou tal intenção merece mesmo nosso empenho. Se tal indivíduo está a altura de nossa boa ação. Se o mundo merece este grande gesto nosso. Não importa qual a intensidade do bem. Mas, o mal. Este impera no campo do irracional sem muita cerimônia, ou praticamente, nenhuma. O mal pode instalar-se em nossa mente por um quase nada, basta em  um dia de extremo mau humor de nossa parte, alguém desavisadamente esbarrar em nós. E a guerra aí está. Uma super dose de adrenalina leva-nos simplesmente a quase agir de forma irracional. Não pensamos, não ponderamos, nenhum segundo da grande marcha histórica em nossa evolução conta. Apenas, do alto da "humilhação" sofrida, reagimos. E as reações em tais situações não costumam ser nada brandas. Gritamos nossa razão, deturpada nesse instante, mas nossa. Expomos nosso direito, e que se dane o do outro! Do alto do que ainda resta de intelectualidade nesse instante, vociferamos nossa vontade de simplesmente exterminar aquele que ousou tirar-nos do equilíbrio. Quem não leu aqui ou ali noticias sobre atitudes assim? Veículos colidem, as vezes nem se arranham. O proprietários, como que em defesa da própria vida saem "armados" em proteção ao "bem" material. extensão de nós mesmos nesse tempo ultra materialista. Sacam revólveres quando possuem, mesmo tentando fazê-los de difícil acesso, possuem. Sacam de suas ferramentas para troca de pneus ou uma manutenção rápida no veículo, transformam-nas em artefato bélico, para a que a justiça seja feita. Matamos uns aos outros em grau extremo. Li tal notícia, dois motoristas conseguiram atirando um no outro em uma cidade do nordeste do país, matarem-se. O primor do irrascível venceu. Animais que somos, deixamos muitas vezes logo o irracional sobrepor-se. Vamos tentar com muita atenção, respirar fundo. Olhar nos olhos do "desafeto" diante de nós, não para buscarmos seu ponto vulnerável, mas, sim para tentarmos perceber o que de humano é comum em nós. Não é o que somos afinal? Humanos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Os Sinais

"...eu não duvido, já escuto os teus sinais". Talvez a incredulidade plena seja a maior demonstração de limite de uma pessoa. Tudo bem, todos nós temos limites,  mas penso que eles também precisam e devem ser relativizados e os conceitos que os alimentam, serem revistos. Por exemplo. O novo governo decretou cortes substanciais no orçamento para este ano, cerca de 50 bilhões de reais. Os impostos que voce, eu e praticamente todos os brasileiros, mesmo aquele que agora está embaixo de um viaduto, bebendo cachaça ou fumando um cigarro convencional; pagamos. Compõem este montante. Pois consigo ainda ouvir pessoas dizerem: Eles dizem que cortam tanto e gastam o dobro. Meu santo graal! Não podemos por alguns minutos acreditar em alguma boa intenção de alguns administradores do erário? Podemos. Acredito assim, conseguimos expandir um pouco mais o alcance de nossos limites. Quero acreditar que alguém pensará em administrar o orçamento da união, assim como administramos nossos orçamentos cotidianamente. Afinal o país é apenas nossa casa em maior dimensão. Partindo do princípio de que a incredulidade pode gerar justamente o oposto do visualizado a partir de si, se assim fosse. Direi e professarei: Não acredito no amor, nas boas intenções alheias, na harmonia e na evolução das mentes humanas. Pronto, tudo estará resolvido. Pois tudo em que não acredito passará a existir a  se materializar. Não me faz bem ouvir algumas canções super populares, mas não posso proibir o Nando Reis de gravá-las. Pois, o exercício de crença no que está cantando o faz expandir os limites que citei. Ele está um pouco melhor que antes. Nós e eu particularmente no que concerne ao que ele gravou, estamos nos privando dessa expansão. Mas posso buscar esta expansão de limites em outras manifestações. Eu tento, sempre! "...eu não duvido..."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um Poema


UM OBJETO (O AMOR)

UM OBJETO TOMOU CONTA DE MIM / 
UM OBJETO PODEROSO E FORTE TOMOU CONTA DE MIM / 
DEVASTOU MEU CORAÇÃO / 
REDUZIU MINHA EXISTÊNCIA A FILIGRAMAS / 
MAIOR QUE MINHA VONTADE DE NÃO PERMITIR / 
BUSCO COM O TATO, VESTÍGIOS DE TUAS MÃOS /
OUSO SONHAR QUE ENCONTRO /
NÃO. /
MEUS PÉS BUSCAM PISAR TUAS PEGADAS / 
ENCONTREI O CAMINHO, CERTEZA /
BUSCO NOS CANTOS , NO CHÃO, EM TODO LUGAR, VESTÍGIOS TEUS /
SE ENCONTRO UM FIO DE CABELO, PARECIDO COM OS TEUS, PARO, SINTO  COM OS DEDOS, COM MINHA LÍNGUA / 
UMA PARTE DE TI /
OUSO SENTIR O TODO /
UM OBJETO / 
O AR QUE RESPIRASTE E ONDE DEIXASTE TUA ESSÊNCIA / 
AGORA, ENVOLVE-ME E ALIMENTA-ME / 
OUSO VIVER EM TI/ 
OBJETO AMOR.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Um Lugar Distante

Muitas vezes a impressão que insiste em não se afastar de mim é a seguinte: Vivemos em uma terra muito, muito distante de onde imaginamos estar. O Brasil parece em diversos momentos ser apenas uma ficção, algo que existe nas mentes de cada um de nós e por consequência "administrado" de acordo com interesses individuais. Por isso insistimos em nos manter assim, "preocupados". Sim, entre aspas mesmo. Porque nossa preocupação tem dia e hora marcados, por exemplo. Acontece uma catástrofe. Estamos lá, todos na linha de frente para socorrer as vítmas. Conclamamos a nação inteira, e, no mais alto grau de altruísmo, até os que possuem pouco, entregam-se ao exercício do auxílio. Mas, assim como que esquecendo totalmente nossa condição de humanos civilizados e iguais. Desviamos doações, separamos o melhor do "monte" para nós, para quem "amamos", um par de tênis para este, uma boa peça de roupa para aquela. São tantas cestas-básicas, que uma só não fará falta. E nos sentimos completamente tranquilos em relação a estes atos. Porque oras! O que há demais em nós mesmos nos recompensarmos por nossa boa ação? Não há nada de errado nisso! Nos habilitamos para trafegarmos com nossos veículos pelas ruas e rodovias, mas, ao primeiro sinal de ser parado em uma blitz e na possibilidade de alguma irregularidade vir a ser percebida, alguns de nós não conseguem ter sequer dois segundos de dúvida. Vamos apelar para as desculpas que já estamos treinados em proferir, simplesmente porque as ouvimos de grandes "autoridades" que também já foram, coitadas, por falta de sorte surpreendidas também em seu exercício penoso e individual de administrar sua parte no país da ficção. E propomos uma saída boa para todos. Assim vamos construindo uma terra distante, bela e "hospitaleira". Recebemos turistas, para assassiná-los e roubar-lhes os pertences com o corpo ali ainda recém executado. Criamos depósitos de detentos. Nossas prisões fazem a justiça que desejamos. Ouvi pessoas aprovarem a existência de uma "jaula" em delegacia de uma cidade brasileira dizendo: Eles merecem, são bandidos. As mesmas que tentaram suas pequenas "negociações" para não serem justiçadas na blitz. Fazemos plebiscitos. Fizemos um para decidirmos se o uso de armas de fogo seria proibido ou não. O  "não" venceu. Os jovens que assassinaram outro jovem e promissor atleta na saída de uma festa para roubarem um cordão de ouro, que não levaram. Estão presos nas cadeias que desejamos serem o primeiro passo para nossa "justiça" torta e incompleta. Nossa hipocrisia nos protege. Nossa lei nos ampara, somos ainda uma "nação" tão jovem!. Vamos assim sonhando com a terra distante e perfeita. Um dia ela virá.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um Gesto Simples


...o jovem Zucker não voltou sua atenção para os que animadamente conversavam ao seu lado. Estava pensativo, indagava-se sobre a real necessidade em dividir sua atenção com aqueles que pareciam, à primeira vista, não ter quase nada a oferecer. Estranho, porque não pensava apenas em si. Pois mesmo sem informar a ninguém sobre seu objetivo maior, sabia que muitos beneficiariam-se com seu sucesso. Portanto não era algo tão egoísta como poderia parecer às mentes limitadas. Era apenas algo que passou por seus pensamentos e agora tornou-se quase uma obsessão. Quase, porque sua vida continuava com toda a normalidade cotidiana. Não era uma vida monótona, não havia como ser, pois não é todo mundo que tem a certeza que consquistará o que almejou. Mesmo porque aos olhos de todos, seu objetivo seria algo mais que improvável de se realizar, mas eles não sabiam. E precisavam? Não, não compreenderiam nunca. O jovem Zucker, estava mais que determinado, nada o afastaria de seu objetivo. Não haveria nada que o fizesse recuar. Ali, envolvido em seus pensamentos, observou quando um de seus interlocutores, a quem ele simplesmente não dispendia atenção alguma, entregou à sua companheira ao lado, um bilhete. Conseguiu ler:
Zach, para Virna. Espero voce as 8:00h. Pronto, pensou Zucker. Sei exatamente o que fazer...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A Civilidade

Os civilizados não gostam dos índios, também não gostam dos negros. Os civilizados não gostam dos amarelos também, apenas toleram porque agora eles possuem muito, muito dinheiro! Os civilizados invadiram a África, escravizaram os habitantes de lá, exploraram as terras deles, e tinham consigo toda a certeza de que em nome da "civilização", faziam o que era certo. Cortázar, um civilizado, liderou a invasão das Américas, sob seu comando milhares de "índios" foram assassinados. Levaram toda a prata, todo o ouro, todas as pedras preciosas que puderam. Tudo isso em nome dos reis de sua terra. Os civilizados não gostam de si ou simplesmente temem o "diferente"? Quem é o civilizado? Ouvi a história de uma índia brasileira. Ela moradora de uma reserva
"protegida" pela Funai, argumentava sobre o direito secular e histórico que sua tribo possuia em praticar a pesca em um rio que corta a reserva. Um fazendeiro "comprou" terras vizinhas à reserva. Não consigo entender como fazendeiros, empresários ou quem quer que seja consegue se tornar proprietário de terras tão extensas e tão anteriormente pertencentes aos índios. Não consigo. O fazendeiro dizia que não queria os "índios" pescando naquele rio. Ela contra-argumentava dizendo que aquele rio pertencia à terra e que sua tribo estava ali há mais de 500 anos, que tinha o direito de pescar ali e não deixaria de fazê-lo. O fazendeiro insistia e ela em sua fala dizia: O senhor tem gado, para alimentar seus filhos, nós temos os peixes do rio que nosso deus Tupã deixou para nós. Vou continuar a pescar. O fazendeiro cedeu e permitiu que ela e seu esposo continuassem a pescar no rio, desde que fossem apenas eles e que não usassem redes. É claro que a índia e seu esposo levavam consigo outros índios para pescar. E assim estão, pescando no rio que o deus Tupã deixou-lhes para fornecer o sagrado alimento. Quem são os civilizados?