sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Os Sinais

"...eu não duvido, já escuto os teus sinais". Talvez a incredulidade plena seja a maior demonstração de limite de uma pessoa. Tudo bem, todos nós temos limites,  mas penso que eles também precisam e devem ser relativizados e os conceitos que os alimentam, serem revistos. Por exemplo. O novo governo decretou cortes substanciais no orçamento para este ano, cerca de 50 bilhões de reais. Os impostos que voce, eu e praticamente todos os brasileiros, mesmo aquele que agora está embaixo de um viaduto, bebendo cachaça ou fumando um cigarro convencional; pagamos. Compõem este montante. Pois consigo ainda ouvir pessoas dizerem: Eles dizem que cortam tanto e gastam o dobro. Meu santo graal! Não podemos por alguns minutos acreditar em alguma boa intenção de alguns administradores do erário? Podemos. Acredito assim, conseguimos expandir um pouco mais o alcance de nossos limites. Quero acreditar que alguém pensará em administrar o orçamento da união, assim como administramos nossos orçamentos cotidianamente. Afinal o país é apenas nossa casa em maior dimensão. Partindo do princípio de que a incredulidade pode gerar justamente o oposto do visualizado a partir de si, se assim fosse. Direi e professarei: Não acredito no amor, nas boas intenções alheias, na harmonia e na evolução das mentes humanas. Pronto, tudo estará resolvido. Pois tudo em que não acredito passará a existir a  se materializar. Não me faz bem ouvir algumas canções super populares, mas não posso proibir o Nando Reis de gravá-las. Pois, o exercício de crença no que está cantando o faz expandir os limites que citei. Ele está um pouco melhor que antes. Nós e eu particularmente no que concerne ao que ele gravou, estamos nos privando dessa expansão. Mas posso buscar esta expansão de limites em outras manifestações. Eu tento, sempre! "...eu não duvido..."

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