sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
O Valor de Cada Um
Notícias diárias envolvendo corruptos, corruptores, jogatinas, tráfico de influência. Mandos e desmandos de poderosos na política, em organizações privadas. E em sua grande maioria, pessoas financeiramente já privilegiadas e detentoras de prestígio em seu círculo social. Por quê? Sabemos todos que não existe uma sociedade perfeita, totalmente isenta de desvios de conduta, no que concerne a bens materiais. Aparentemente todos querem sempre mais e o melhor. Aparentemente. Mas sabemos existir níveis diferentes de corrupção dependendo de fatores diversos. Há países onde voce pode deixar algo material na porta de sua casa, e lá, ficará o que pertence a voce. Ninguém levará. Porque em nossa sociedade esse limite é na maioria das vezes transposto? Assistimos cenas de acidentes envolvendo veículos com cargas, que ao espalharem-se pela estrada, serão logo saqueadas. Levadas antes mesmo de qualquer atitude em auxílio às vítimas do acidente. Por quê agimos assim? Somos tão inferiores? Somos tão miseráveis materialmente assim? Não, não somos. Dificilmente pessoas humildes e vivendo em condições de fato miseráveis comete atos de usurpação. Esses são cometidos por aqueles que sentem-se no direito de tomar para si o que parece, diante de uma situção especial, no caso o acidente, sem dono. Não importa a gravidade das vítimas e o perigo que pode advir da manipulação do que tombar ao chão. A grande e equivocada certeza de ser naquele momento possuidor do direito de amealhar o que lhe for possível, é mais forte. Isso quando não assitimos a atrocidades maiores envolvendo recursos públicos. Na verdade nossa sociedade ainda não se sente a verdadeira detentora destes recursos. Nós não nos vemos e então não agimos como os guardiões de nosso patrimônio. Mesmo porque antes, lá estão, é claro os ungidos em cargos públicos que sentem-se no direto de cuidarem para nós desses recursos. Claro que me refiro a menor parte de nossos valorosos "servidores públicos". Mas como diz o ditado: "A oportunidade faz o ladrão". A sociedade abre mão de fiscalizar e resguardar o que é de todos, e os poucos que desse patrimônio cuidam, o tomam para si. De forma ilícita. Assim assistimos a prefeitos e primeiras-damas, nobilíssimos vereadores, deputados e senadores, diretores de entidades e orgãos públicos, empresários e mais quem quiser, simplesmente, roubar. Levar para seu uso e de parentes e amigos, nosso patrimônio. Mantemos uma atitude omissa na grande maioria das vezes. Ficamos em casa, julgando ser tudo isso normal. Como se realmente o fosse. Tente uma gatunagem qualquer em sociedade ciente de direitos e deveres para voce ver o que acontece. Assistimos a tudo de forma quase inerte em relação a cobrança de que justiça seja feita, esperamos sempre outros tomarem essa atitude. Aguardamos em nossa miserável passividade que outros cuidem de tudo lá fora por nós. E então, eles cuidam, mas nem sempre da melhor forma. Vamos tentar ser um pouco mais atentos e cuidadosos em relação ao que nos pertence.Vamos começar assim: Não sermos tão coniventes com uso em qualquer espaço público de bebidas alcóolicas. Tenha certeza que isso tem tudo haver com corrupção, desmandos, direitos e deveres. Somos na verdade uma sociedade muito permissiva. Por isso eles estão a vontade para agir como agem. Vamos cuidar de nós e daqueles que dizemos amar. Poucas moedas não devem comprar nossa dignidade, ou não deveriam...!
domingo, 20 de novembro de 2011
Oh!
Há pouco tempo um meteóro passou a uma distância muitíssimo arriscada para a estabilidade do "nosso" planeta, consulte a rede mundial de computadores para obter detalhes. Se é que os terá. Pense, se o meteóro colidisse com o planeta, como estaríamos agora? Talvez, assim como no grande inverno glacial que assolou o planeta a milhões de anos, estaríamos no início do processo. Mas ele não colidiu, e olhe que em proporções cósmicas ele passou a alguns metros ou centímentros de nós. Não temos a menor noção do risco que corríamos, mas corremos e foi grande. Enquanto isso, diante da vitrine de um shopping qualquer, escolhemos as cores do próximo calçado ou roupa. Em uma lanchonete, escohemos pelas imagens o sanduíche de melhor sabor. Diante de monitores de telas de LCD, escolhemos até em votações "on line" os vencedores de algum "reality show". Os cientistas e estudiosos, esses não. Esses diante dos monitores que mostram-lhes a verdadeira realidade física. Sabiam o que temiam. Os poderosos, protegidos em refugios anti-catástrofe. Alguém precisa sobreviver e guiar aqueles outros poucos que restarão. Os cientistas são seres "fabulosos", pois divertem-se tanto às custas de todo o universo. Divertem-se até o limite de seus conhecimentos, e eles sabem onde estão esses limites. Imaginem, todos unidos. Como canta Morrissey, "shoplifters of the world, unite". Com voz agradável para os ouvidos daqueles que deixarão de existir. "Uni-vos", ladrões do mundo. Ladrões aqui no melhor sentido, entendam. Uni-vos, pois é chagada a hora, não temam. Não há saída, lembram? Assistir ao fim do mundo sendo sujeito da história e também vítima, será único e um privilégio apenas nosso. Pois temos tecnologia para isso. E será tão surreal, nós todos unidos pelo medo do fim. Imaginem, todas as religiões, sem importância alguma nesse momento. As catedrais e os Templos ruindo, e nós diante de nossos monitores assistindo e sem votação dessa vez, tudo bem! Eternos enfim, e o "riff" fantástico da guitarra de Johnny Marr, ecoando. Nada de funk para o fim do mundo, por favor! Eu escolhi minha canção para o fim. Escolha a sua. E cantando...cantando...e nunca mais o tédio. Oh!
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Subjetividades e Estrelas
Um grupo de pessoas luta por uma "causa". Vazia. Estudantes da USP. Milhares de outras pessoas tentam se comunicar virtualmente. A grande e absoluta maioria jamais estará diante uma da outra. Usuários da "rede mundial de computadores". Uma pessoa com menos de trinta anos, cria uma rede "social", quase ninguem permite-se desvendar. Zuckerberg. Outros criam o maior banco de dados do planeta. Lucro. Solidão diante dos monitores. Centenas de milhares de tribos, acessórios, roupas, adereços. E quase ninguém permite-se conhecer de fato. O outro? Existe? Seres humanos retratados em suas mais naturais e bizarras expressões. Klein. Ditadores assassinados. Outros depostos, outros insistindo ainda em respirar. Até quando? Em nome do lucro, milhares de hectares de florestas destruídas. Supostamente para alimentar-nos, mas o que se produz seria praticamente suficiente para alimentar as populações, contudo, o que se joga fora...! Egoísmo. As cidades entupidas de automóveis, gás carbônico e mais egoísmo em transito individual. Cada um em seu próprio reino-móvel. Pedidos e mais pedidos de socorro, talvez "mensagem em uma garrafa". Mas ninguém percebe, ninguém quer comprometer-se ou melhor, pouquíssimos permitem-se. Vivos. Lúcidos e Quase Solitários. Mais egoísmo. Bilhões e bilhões em dinheiro, poucos controlam, e pouco distribuem. Muitos anseiam, poucos alcançam. O que? Não se sabe. Sabe-se sim. a Harmonia, Alguma Paz ou Algum Alento. Assim de propósito as maiúsculas. Em uma viagem de ônibus, a história de uma pessoa que teve o irmão de dezesseis anos assassinado por envolvimento com drogas. A culpa que toda a família carrega. Sozinha a família não é culpada. Toda a sociedade assassinou o jovem. Consumo intenso, mais egoísmo. Indiferença, mais egoísmo. Um enorme desprezo por tudo e todos que não estão à nossa altura. Mais egoísmo. A história tão curta escrita pelo jovem. As famílias. Os filhos. Os pais, tão tristes e também meio "assassinados" juntamente com o filho. Egoísmo, egoísmo e mais egoísmo. Quero me divertir, não me importa se voce sofrerá. Quero, quero e quero...! Idealistas, sonhadores e "lunáticos", desejam o bem. Nós os egoístas, morremos...
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
O Ego Domado
Encontrado e executado por seus captores M. Khadafi pediu por sua vida. Como o Ego consegue destruir-nos, como tão completamente pode ele afastar-nos da realidade, e, principalmente como podemos nos perceber tão igual ao outro na iminência de algo capital. Há não muito tempo atrás, em praça pública, Trípoli, assistia e ouvia, ele próprio, o condenado agora sem julgamento, sem direito a pedido final e sem direito a escolha; em alto e bom som, condenar ao inferno seus inimigos. Leia-se: povo líbio. Ele naquela ocasião sequer titubeou ao prometer punir com mãos de ferro aqueles que o desafiavam. Ele, dono de si, com a certeza total da impunidade e de sua força, pois a seu favor estavam as armas, o exército, até então fiel e supostamente o mesmo povo que foi às ruas comemorar sua captura e morte. O Ego a destruir-nos, e, o tempo a mostrar-nos o quão frágil e pouco segura é nossa vida. A força do eu entregando-nos ilusões e impressões equivocadas. Ele, Khadafi, vítima de sua crença total no ego, em seu aparente poder e em sua condição quase "divina" de liderança. Traído pela vaidade. Assim como todos nós em vários momentos nos percebemos também. Deixando-nos levar e guiando-nos por algo tão irreal e incerto. O ego. O nosso eu supremo a guiar-nos se não nos precavermos, aos infernos. Todos os possíveis. O mitológico, não visitado ainda pelos vivos, ou o construído por nós mesmos. E ele construiu o seu, com requintes de crueldade, alimentou o desejo de vingança de qualquer um de seu país que portando arma nas mãos pudesse um dia estar diante dele. Os maus clamam por sua própria vida, mas, as de seus inimigos...! Os adquiridos por força da posição ocupada e aqueles que simplesmente não compactuam com seus métodos e injustiças. Retira-as. Os maus não são assim tão fortes. O ego os trai, o tempo todo, mas o mundo criado a sua volta camufla a realidade. E é assim com praticamente toda a humanidade, é assim que nos vemos. Nos vemos equivocadamente imbatíveis, seguros e justos. Oras, então tratemos logo de erigir outro ego. Oposto ao do mau. Pode ser a saída. Ou então não nos prendamos tanto aos símbolos tão evidentes de que a queda é construída dia-a-dia, quando não estamos a serviço do comum, do bem e do outro. Decretemos então o fim do ego "mau". Vamos juntos fortalecer o "bom". Pobres vítimas do ditador, pobre ditador. Para todos eles, uma flor...
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Todos os Nomes, Humanos
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
A Inutilidade de Gestos Nefastos
Assim, sem nenhuma ordem ou arranjo intelectual anterior, apenas o ato não define um ser. Nenhuma ordem, pois de fato voce não determina em que momento terá uma explosão de raiva e mau humor. Simplesmente o desenrolar de acontecimentos o coloca nessa posição. Nenhum arranjo intelectual, voce não pré estabelece que em tal dia ou tal momento terá um dissabor, e voce, deliberadamente não planeja algum ato que voce tem a certeza que o deixará mal. Não seria nem inteligente e nem racional. Os "caminhos" que forjamos ou que forjam para nós, levam-nos ao irrascível ato de desumanizar-mo-nos. É humano ser propositadamente mal? É humano ser com requintes de crueldade, vil? Planejar e praticar atos e ações nocivas a nós mesmos? E a evolução então jamais alcançará o campo mais interior de nós? O "eu" está fadado a ser sempre assim, torto e imperfeito? Quantas perguntas! Pois parecem apenas elas serem as senhoras de nossos dias e pretensões, sendo assim façamos as perguntas para realimentarmos a vida e assim seguir a trilha que nos aponte o humano em nós. O mal, está mais que provado, colocá-nos em conflito interior constante e punitivo. Então, qual a utilidade dele em nossas vidas e de seu uso cotidianamente? Aprender? Crescer? Evoluir? Não sabemos, ou mesmo ao saber, não nos agradam as respostas, porque sabemos que o número de perguntas sempre será maior, e existir, pesa. É inútil em si a maldade. É desarmoniosa e adoece-nos. As notícias cotidianas sobre corrupção e desvios de recursos públicos, a situação de serviços como os de saúde e educação, que tem melhorado, e a impunidade em muitos casos. Fizeram-me escrever esse texto. Nem é inteligente planejar algo nocivo, é no mínimo demonstração de limite total, diante de algo maior, a inteligência da mente "humana". Pois então, fujamos do mal e busquemos alguma harmonia... pausa! E respirar...
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Da Humanidade
Lady Gaga pode ser quem ela quiser. Porque ela já sabe. Quando na ilha perdida da Ásia a erupção no grande vulcão eclodiu e quando por longos seis anos, para mudar de vez a história de toda a humanidade o planeta foi tomado por um inverno glacial e só restaram em torno de mil seres da espécie humana. Lá estava Jo Calderone, lá estava Lady Gaga, lá estávamos todos nós. Nossos alteregos todos. Tão poucos daquele longo inverno, iniciando toda a fantástica e milagrosa epopéia humana. E não por acaso a voz, a comunicação por emissão sonora que adaptamos e transformamos em sinais codificáveis. Não por acaso a voz é o instrumento que Lady Gaga, travestida, mas também ali representante de todos os seres humanos do planeta, usou para falar dos iguais, nós. A voz que para utilizarmos ao emitir coloca-nos em risco iminente de morte, pois adptamos o sistema digestivo para tal, não nascemos com a capacidade de falar. Mas sim a criamos, talvez influenciados e observando a natureza animal em volta. Ouvindo sons ancestrais e desejando reproduzí-los. Grunhidos no início. A voz salvou-nos da extinção, mais do que qualquer outra capacidade que carregamos, a capacidade de nos comunicarmos através de sons inteligíveis trouxe-nos até aqui. Evoluímos materialmente, tudo o que existe à nossa volta que não brote da terra, foi construído por nós. Tudo. A contradição é que nós também criamos os mecanismos para nossa destruição, estão aí. Ainda existem arsenais nucleares, voces lembram? Tudo pode de novo como naquele dia na ilha perdida se repetir, a diferença é que agora sabemos. Usando algo que praticamente inventamos, podemos baseados no que vivemos, reformular e refazer nossa caminhada. Todos. Vamos ouvir e cantar...Viva Lady Gaga, viva Jo Calderone, e salve todos os que ali na África resistiram após o grande inverno glacial... Salve, pois nós, somos eles.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Do Poder da Manipulação
Grandes conglomerados empresariais tem interesse total em nossos hábitos de consumo. Voce sabe disso! E claro que por uma única razão: Lucro. Os grupos que controlam a venda legal, e regulamentada de produtos que contém álcool são os que mais insidiosamente bobardeiam-nos com sua publicidade cirúrigica, pois é ininterrrupta e precisa, agora mais do que nunca o alvo é a juventude. Pois quem será o grande consumidor de amanhã? São dados científicos de que até os 21 anos as capacidades plenas do corpo humano como um todo, ainda estão em processo de formação. Tanto físicas quanto mentais. Na Europa, nos Estados Unidos e na maioria dos países das Ásia, publicadade de álcool é praticamente inexistente na grande mídia. São severamente controlados horários e locais para sua exibição. Aqui, enquanto isso os exemplos da forma ardilosamente planejada dessas ações, chegam ao ápice ao se colocar o treinador da seleção principal de futebol vendendo produto alcóolico. Que terra livre e alvissareira. Olhe como protegemos do que ainda não se conhece todos os efeitos, nossa infância e juventude, Olhe como somos bons e amamos nossos filhos! Uma entre cinco pessoas sofrerá um dia os efeitos nocivos de outras drogas ou álcool. Tudo bem, somos livres e podemos sim usufruir das prazerosas possibilidades advindas do consumo de vinho, cerveja, destilados em geral. Mas nos preparamos para fazer isso com responsabilidade? Temos ou teremos esse controle total? Resguardaremos de fato os filhos de nossa terra de algo que pode ser tão avassaladoramente destrutivo em idade inadequada? Somos um dos poucos países do grupo dos emergentes a permitir ainda tal publicidade tão livremente. Eles, sabem muito bem vender a ilusão de que está tudo bem, e o tempo todo. Mas sabemos que não está. Vamos ficar alertas, para que agindo em defesa de nossa infância e juventude, estejamos agindo em defesa de nós mesmos. Pois o mal tem artimanhas e poder para fazer com que adormecidos, possamos ser simplemente usados apenas como números positivos em suas estatísticas de consumo. Queremos isso?
domingo, 7 de agosto de 2011
Da Arrogancia
Um certo homem decide fazer uma limpeza étnica à sua volta, planeja por meses seu ato extremo, cuida dos detalhes. Nada poderá dar errado no dia marcado. Sua ação vai sim abalar psicologicamente uma nação inteira, além de repercutir pelo planeta afora. Este homem executará mais de 70 outras pessoas, humanas como ele. Pessoas comuns, contudo pessoas marcadas para que ele possa do alto de sua arrogância proferir que seu gesto é para o bem de sua nação, de sua "raça"; superior e pura. Em sua mente apenas a nobre intenção de seu gesto maior. Assassinadas, destruídas e desonradas, isto sim por seu gesto. Inocentes, jovens, adultos. Mães e pais. Filhos dessa nação e de outras. Estas pessoas sofrerão a infame tarefa de expurgar o mal da mente do homem que decidiu assassiná-las. Ele está vivo. Ele profere que a mistura racial não é positiva ou benéfica, ele aponta os limites e falhas, segundo ele dos que se prestaram a essa mistura. Ele tomou o lugar de um semideus, porém um deus miseravelmente só, triste e equivocado. Egoísta, pois não se posta em momento algum na pele daqueles que ele julga inferiores. Não tenta perceber a sua total semelhança e cumplicidade em igual condição, humana. Esse homem esquece que os povos do continente que supostamente ele quer defender de invasões de "bárbaros" contemporâneos, liderados por mandatários com o mesmo grau de arrogância que o seu, invadiram, assassinaram e roubaram em terras distantes; outros continentes. Espoliaram, investidos de sua crença na superiordade. Roubaram prata, ouro e até hoje levam para si diamantes da África, da Ásia e das Américas levaram e continuam levando minerais preciosos. Onde o povo espoliado que tem fome e sede de alguma justiça irá buscar auxílio, senão nas terras dos escolhidos, dos superiores e dos puros? Onde? Este homem está vivo, e cabe a nos humanos, tão humanos quanto ele, medirmos em nós o que temos feito par alimentar tais atos e visões equivocadas. Aqui uma homenagem aos que naquele dia planejavam apenas terminá-lo bem, deitar, dormir e os que pudessem, sonhar com justiça, irmãos e irmãs juntos sob a sombra das belas árvores de tão bem cuidados parques noruegueses.
sábado, 23 de julho de 2011
Amy Winehouse
Amy Winehouse está morta, ainda ontem falava sobre ela, assim citando artistas da cena musical de quem gosto. Ontem, ainda se podia sonhar, como eu sonhava, em poder vê-la ao vivo e ouvir é claro. Ontem. Hoje a cantora de tão bela e expressiva voz, está morta. Ver ao vivo, nunca mais, apenas sonhar. Amy cantando dores universais de perda e abandono, identificada por uma legião de fãs e admiradores, que também perdem e sentem-se abandonados, assim como Amy. Agora, uma tristeza assim, como a de quem perde alguém familiar. A vida pesada e real sempre, Amy suportou até agora. Milhões pelo mundo vivendo a mesma vida real e agora sem a música de alta qualidade e sincera cantada por ela, que sofria como milhões. Amy, morta por excesso de drogas e álcool, mesmas substâncias que nesse momento estão sendo usadas por pessoas que admiravam a cantora, algumas aparentemente controlando o uso dessas substâncias. Esta semana, assistindo ao programa de Caco Barcelos na tv, a imagem da destruição implacável imposta pelo vício. Crianças viciadas em crack e outras drogas, crianças oriundas de familias, até semelhantes a de Amy, com problemas, convivendo com cenas fortes de violência e descontrole em suas casas, enquanto as possuíam, crianças entregues à própria sorte. As drogas, as frustações e o peso de existir. Todos almejam, as crianças daqui, ou Amy Wineshouse, os deserdados e abandonados de todas as formas, os que buscando em alguns momentos de alguma lucidez tentam alcançar, veio para Amy. O alívio. Pena que assim definitivo. Sem volta. Aqui faço minha homenagem a alguém que sinceramente me deu muito sem nunca saber e às crianças quase perdidas do mundo. Amy, cante, aí do céu uma canção bonita para as crianças. E viva agora pra sempre!
quinta-feira, 7 de julho de 2011
PS456
No início de 2012 a PlayStation lançará o PS4 em versão inovadora. Console este que promete novidades surpreendentes e cada vez mais interativas para o gamer. As perspectivas de vendas são superiores a 20 milhões de unidades. Por que será que estou escrevendo sobre games? Porque simplesmente a vida a partir deles é muito mais interessante, "real" e definitiva. Não existe possibilidade de dúvidas em games. Todos os papéis estão bem definidos. O mal é o mal e o bem é o bem, pronto. Um gamer apenas executa o que precisa ser executado, todos os comandos estão ao seu alcance, jamais um gamer, perde o controle. Aventuras em todos os lugares possíveis, desafios que apenas os mais bem preparados soldados dos melhores exércitos do mundo, estão capacitados para enfrentar. Ele, o gamer, também domina. E tudo sem correr risco algum, nada de ferimentos, nada de sofrer de fato, nada! Uma viagem sensorial plena, ou quase. Olhos atentos aos obstáculos e inimigos. Mãos totalmente adapatadas para manobras as mais espetaculares possíveis e impossíveis também, afinal é um "game". Nele tudo é possível. Os vilões caem como aves abatidas em voo, sem resistência. O mal, na verdade jamais vence a guerra, se tanto algumas batalhas. A guerra sempre é vencida pelo bem, o "gamer". Seguro em seu domínio, garante a "paz" em mundos paralelos e já não mais "virtuais", pois está em sua mente. E a mente não é real? O que está nela também já não o é? Sim, vamos garantir a nossa felicidade, em altares "hi-tec". Cinco milhões de cores disponíveis, para olhos que não percebem sequer uma centena delas. Simuladores reais, pois estão no software do game, para viagens não mais virtuais, pois a mente e o jogo são um só neste momento. E vamos assim aguardando e nos curvando ao nosso novo tótem. Sempre na expectatviva de que a existência virtual que já está tão dentro de nós, um belo dia se materialize. Vamos jogar e ganhar. Vamos para a nossa hoje possível vida real. Em um game. Que venham todos os PS.
domingo, 26 de junho de 2011
Fragmentação do "SER"
Não existe nada mais a dizer. Será apenas impressão? Se for, é a mais forte, desoladora e definitiva evidência de nossa falência como seres "superiores". Então por que insistirmos ainda em propor saídas, fazer perguntas e tentar compreender o outro? Tentar compreender nossa condição em um mundo que não está no todo desvendado? Pois não está. Todos os dias deixam de existir formas de vida vegetal e animal das quais ainda nem conhecimento tomamos, Quem somos realmente? O que buscamos e o que de fato conseguimos compreender? Geramos a partir de nossa capacidade intelectual, um número fantástico de informações sobre praticamente tudo o que está em "nosso" planeta. A ciência expõe o que apenas pesquisas e estudos intensos podem possibiitar, mas a ciência possui limite. A religião, uma das criações humanas para concretizar e confirmar, se possível, nossa ligação com o plano metafísico, possui limite. Todas as engenhosas criações e invenções materiais geradas de nossa condição especial para observar, pesquisar e questionar, possuem limites. Nossa condição de "únicos" seres vivos no universo, é muito incômoda após percebermos a fragilidade de nossa "casa" terrena, isso nos aterroriza. Casa terrena, porque ainda insistimos em viver a expectativa de uma outra morada. Um paraíso idealizado, onde nenhum mal habite, onde apenas a harmonia impere e as dúvidas, medos e sofrimentos estejam banidos. Criamos um mundo quase perfeito com o advento das tecnologias todas disponiveis atualmente. Quase perfeito. Mas, os limites insistem em assombrar-nos, em tirar de nós o sono, desequilibrar nossa suposta capacidade intelectual. A ponto de colocar-nos sujeitos às tentativas de recuperação com o uso de terapias e drogas por nós criadas. Ou naturais, utilizadas como um descanso momentâneo diante do peso da grande dúvida. Nunca sobre este planeta a verdadeira e duradoura "paz" mental. Nunca a experimentamos. Por que? Simplesmente porque as respostas não estão nesse "mundo" limitado que habitamos. As respostas definitivas, não estão aqui. Apenas os artifícios que escamoteiam a verdade, apenas esses encontramos aqui, meias respostas. Criamos simulacros de felicidade, pobres mentes perturbadas que é o que na verdade somos. Somos muito bons para o grande teatro! Mas a vida real e a completa ignorância do por que existir simplesmente destrõem em nós qualquer posssibilidade de "harmonia" e paz interior. O que estará reservado para nós? O que pretendemos como seres em busca unicamente de respostas que nos tranquilizem e tragam a luz de uma explicação razoável? Definitivamente nao sabemos. Fragmentos cósmicos. Talvez só após a verdadeira compreensão e busca de reorganização do ego, poderemos, reunindo tais fragmentos, encontrar o "ser". Fragmentos cósmicos por enquanto é o que somos.
domingo, 12 de junho de 2011
O Sistema
Existe um grande inimigo, poderoso, frio e absolutamente insensível. O sistema financeiro. Ele, age agora, enquanto voce lê este texto. Seu único objetivo é lucrar, e não se preocupa muito com a ética em sua busca por mais rendimentos. O sistema, não precisa montar linhas de produção, pois as casas da moeda de cada país capaz de produzir seu principal alimento, o papel-moeda, produzem para ele. Ele apenas "administra", toma para si a "responsabilidade" de fazer com que o dinheiro se multiplique. Mas seus artifícios para auferir lucros nem sempre são "limpos". Imagine, viver em uma sociedade onde os juros ao final de um ano em cartão de crédito (dinheiro fictício quando voce compra, mas real na hora de pagar) possam atingir números próximos ou superiores a 500%? Pois existe. Assim o sitema financeiro, sobrevive. Alimenta as opulentas mansões de seus gestores, com o que há de melhor neste planeta, e olhe que o planeta não está lá essa maravilha! Podem comprar praticamente tudo, a partir de algo que não produzem. E, na contramão de seus sucessos está a destruição e decadência de milhões de pessoas, de nações inteiras. Contudo, o sistema financeiro não se preocupa com nada disso, pois ele não se importa com os meios e danos, apenas com os ganhos. Ele não se abala, pois ele nunca é de fato atingido, tem algumas "recaídas", mas sempre é socorrido e salvo. O caminho materialista que o capitalismo nos legou, proporciona praticamente tudo a atual sociedade, tudo que for material, mas esse "sistema" se preocupa com o ser humano? Claro que não, o ser humano não é importante a não ser para o consumo e, óbvio, consequentemente a produção de seus lucros e ganhos. A sociedade atual com certeza vive um dos períodos mais nefastos e desalentadores no que diz respeito ao trato de princípios e valores, sem nenhum trocadilho infame. Pois, quando propõem-se a liberdade para o "dinheiro" em detrimento da liberdade para o ser humano. É sinal de que estamos realmente muito distantes de alguma justiça ou luta consciente por ela. E o pior é perceber que fomos nós, os seres humanos que criamos tal armadilha. No geral, as "coisas" não andam nada bem...
terça-feira, 31 de maio de 2011
Marcha Pelo Sanemento Básico!
Vamos! Avante filhos do Brasil! Vamos juntos, se não todos, pelo menos parte de nós. Vamos tomar ruas e praças em passeatas, empunhando bandeiras com frases mais que de efeito. Cantemos a uma só voz gritos de ordem. Conclamemos todos, todos os que estiverem "lúcidos" à nossa volta, a lutar pelo Saneamento Básico. A saúde de nossas crianças de 0 a 2 anos agradecerá. Pois neste período inicial da formação encefálica, simplesmente o cérebro poderá ficar afetado de forma irreversível, ao ser atacado por agentes nocivos que vivem e se proliferam a partir das condições inadequadas provocadas pela falta de tratamento de esgotos. Algumas crianças sofrerão retardos que afetarão seu desempenho intelectual para a vida toda. Marchemos por nosso futuro, nelas depositado. Marchemos rumo à capital da República, para juntos exigirmos vida digna, e "criminalização" da estupidez e sordidez que é o desvio de verbas públicas, que fazem com que mais de 50 milhões de domicílios em nosso país não sejam ainda dotados de coleta básica de dejetos. Marchemos por nossas crianças e jovens relegados ao papel de coadjuvantes na farsa cotidiana do "fingimos cuidar delas". E elas "fingem" que acreditam em nós e nossas nobilíssimas intenções. Marchemos com nosso direito de sermos "felizes" e egoístas, marchemos por nosso direito de possuirmos em nossos lares, inclusive os que não possuem coleta de esgoto; mudinhas de cannabis sativa, pois precisamos. Mais do que Saneamento Básico, mais do que políticos e políticas limpas e verdadeiramente públicas de proteção de nossas florestas, de nossos rios, nosso patrimônio colossal de riquezas abissais, negras, de vergonha por nós e nossas misérias mentais. Marchemos, filhos do Brasil! O dia da vitória chegará!
domingo, 22 de maio de 2011
Educação, Água e um País
No Brasil, segundo dados oficiais, apenas as escolas de ensino básico do Distrito Federal, todas elas, possuem água tratada, potável. Quer dizer, em nenhum outro estado da federação com apenas excessão honrosa da sede do governo da república, existe esse luxo. Mais que vergonhso, isso mostra o quanto estamos distantes de alguma igualdade. Antes o contrário, vivemos em uma terra que está mais para campos oníricos de persongens de romances. Aqui jamais a igualdade. Água potável é sinônimo de civilização. De elevado grau de qualidade de vida de uma nação. Mas, não conseguimos ainda isso. Servir todas as escolas do nível mais importante de formação com o essencial e indispensável bem natural. Somos a sétima economia mais rica do planeta, temos um dos homens mais ricos do planeta vivendo entre nós. Ele não tem culpa das escolas públicas estarem muitas delas, ou a maioria em estado não muito agradável, temos certeza, para a frequência de estudantes. Todos nós temos esta reponsabilidade. As diferenças são gritantes, vão em direção totalmente oposta ao rumo econômico-financeiro que vivemos atualmente. Tudo bem! Anos de negligência gerou o que está hoje aí. Mas, não deveríamos acelerar e muito o processo de correção destas diferenças, todos? E, ainda existe o jogo do empurra-empurra. Niguém sente-se de fato responsável. Porque talvez não nos consideremos membros de uma nação, um país de verdade. Onde a completa consciência do todo, provoca ações buscando o indivíduo. Professores não são bem remunerados? Todos? Não. Existem oásis de prosperidade até entre os que deveriam ser mais iguais ainda. Tenha certeza, pois eu mesmo consegui ouvir de um professor de universidade pública federal que ele não era bem remunerado. Mas existem escolas nos mais distantes pontos deste país, onde um professor sequer recebe o mínimo indicado e "garantido" por lei constitucional. Quem está de fato se doando pela educação, por crianças e jovens relegados à própria sorte ou ao exercício diário de realmente construir? Com recursos parcos, fico com os mestres dos sertões. Eles não se dirigem em automóveis novos ou semi-novos, para guardá-los em estacionamentos "recheados" deste bem de consumo durável exposto como sinal de "status" adquirido. Eles não podem lamentar sobre impostos altos, sobre combustível pela hora da morte ou sobre seguros e franquias. Eles simplesmente estão lá. Diarimente, construindo. Fico com eles. Eles não sofrem com as "mazelas" dos planos de saúde. Com o financiamento de suas moradias em bairros de classe média. Eles não partem para compras em "shoppings" sofisticados, quando estão simplesmente cansados de sua rotina cruel e injusta de trabalho. Eles estão lá, bebendo juntos com suas crianças e jovens a mesma água. Os que possuem mais sorte. Potável. Era uma vez um país, distante e lindo...
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Água e Vida!
Estamos vivendo um tempo em que aparentemente tudo foi conquistado, materialmente. Os planos agora são de tornar inteligentes as máquinas que nos servem, não são planos mais, são a prática. Torná-las inteligentes para termos mais conforto, mais disponibilidade para aproveitarmos nossas inovações e conquistas. Usufruimos de tudo o que até então conseguimos criar até bem pouco tempo, como se os recursos todos fossem infinitos. Nunca foram. Nós é que sempre usurpamos, pois assim foram muitas de nossas conquistas, usurpadas da natureza. Dela extraimos tudo o que sempre nos interessou. Estranho que aqui mesmo sobre o planeta está tudo o que dela tiramos, excto o que foi enviado para o espaço. Então, tudo o que está sobre o planeta, em essência, é natural. Aço, demais metais forjados, plásticos, os componentes mais diversos possíveis produzidos por nossa engenhosa capacidade de criar, são todos filhos do planeta e para ele de alguma forma retornarão. O planeta, corpo vivo que é, saberá dar fim a todos esses produtos por nós construídos. Os corpos "estranhos" terão o tratamento natural e inevitável que merecerem. Um dia tudo se harmonizará, independendo de nossa vontade, de nossa ação, muitas vezes nociva, o planeta sempre será mais forte e sábias serão suas correções. Nós, aparentemente os senhores de tudo, teremos que nos render nesse dia. Mesmo porque, muitos de nós estão tão distantes ainda de uma razão equilibrada, que assusta. Parecemos entorpecidos pela aparente infinidade de recursos à nossa disposição, ilusória impressão. Tudo que é físico vai se transformar, ser transformado, utilizado e reciclado, caso não o façamos. Ele, o planeta, fará o que nós não poderemos impedir, retardar sim, impedir jamais. Vejo pessoas usando de forma tão arrogante o recurso mineral mais importante que a natureza nos legou. Temos em nossa composição física em torno de 70% deste recurso. Mas, mesmo assim, resistimos em tomar consciência plena de sua importância. Será que a natureza terá que agir mostrando-nos, e já o tem feito; de forma impactante o que será de nós quando a água for escassa e difícil de ser obtida? Espero que antes disso, percebamos o que temos feito com nossa principal fonte de vida. E cuidemos de fato dela, pois ela não depende de nós para existir. Agua é vida!
sexta-feira, 29 de abril de 2011
O Império do Nada
A impressão que temos atualmente é a de que o tempo passa mais rápido. A cada dia isso parece mais evidente. Mas não passa! O tempo corre dentro do seu rítmo sempre. A verdade é que nos especializamos em tentar evitar a realidade e para isto, sem pudor algum simulamos uma outra "vida". Uma vida cheia de atividades com possíveis transformações repentinas, de intensas atividades sociais. De intensas atividades, principalmente as que possam nos afastar do mal estar de exercitarmos nossa própria avaliação. Alguem fará isso por nós. As pessoas, muitas mesmo, vão em algum evento ou show apenas para "socializar-se". Não questionam, a maioria, a qualidade artística do que está sendo apresentado. Multidões lotam ginásios e arenas, shows em parques agropecuários, para nada. Porque não importa quase "nada" para a maioria das pessoas se existe conteúdo ali. Apenas exercitam a sociabilidade, será? Um cantor que não tem o que cantar, canta o tempo todo: "Eu te amo". Mas para os atentos e não é preciso ter nenhum grande cérebro, ele não diz nada. Ou melhor não canta nada. "Artistas" ou celebridades instantâneas, com raríssimas excessões mesmo, nascidos dos "realities", tornam-se estrelas do nada. Não possuem "histórias" de verdade para contar, não realizaram praticamente nenhum grande ou até médio feito, apenas correm em busca de um milhão. E milhões alimentam tudo isso, porque simplesmente são para os que produzem tais "shows" a massa de manobra para a efetivação do nada. Não pensemos, não questionemos, não nos importemos com nada. Apenas, deixemos que os articuladores de todo o espetáculo vazio nos guiem. Pronto, uma enxurrada de supostas "informações" visuais, sonoras e "grandiosas", deixam-nos com esta impressão. O tempo corre mais rápido, achamos. E o golpe em nós mesmos tem agora requintes de "canibalismo". Uma criança, registrada em um vídeo doméstico se auto proclamando "burra", por não conseguir fazer sua lição de casa e por isso corta ela mesma, seus cabelos. Torna-se "fenômeno" da rede. Pronto! Atingimos o grau máximo da estupidez. Já não basta entregarmos nossas crianças e jovens, por nossa total apatia em deles cuidar; para traficantes e exploradores de toda ordem. Vamos nós mesmos, entregá-las também ao grande "demônio" que criamos para ornamentar o nosso império. Vamos continuar nossa farsa cotidiana. Sem piedade, vamos!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
O Fim do Mundo e o Feriado
Acompanhando as opiniões e considerações de convidados de um programa de tv, que discutia o possível "fim" do ciclo de existência do planeta. Percebi o quanto as diferentes formações "espirituais" dos entrevistados ou debatedores levavam todos sempre ao mesmo fim. O mundo não vai acabar. Primeiro achei oportuna a discussão em uma semana de grande importancia para praticamente um terço da população do planeta, a cristã. Segundo, como o fim do mundo é bem explorado pela indústria do cinema, pois as discussões eram ilustradas por cenas do rentoso, cinema catástrofe. Quer dizer, sempre alguém sairá lucrando. E eles, os que lucram querem mais é que as discussões persistam. Por fim, parece que realmente somos mesmo muito ignorantes, pois o supremo civilizado ser que consegue colocar artefatos em órbita e enviar sondas a milhões de quilometros de distancia para explorar o espaço cósmico, não consegue levar ao fundo do mar com segurança seus iguais, para explorar seu próprio "quintal". A banca de convidados era formada por um evangélico, juntando-se ao espírita o cristianismo estava em grande vantagem; um pensador que não consegui identificar de qual corrente religiosa era e um representante de religião de origem africana. Mas, quando esse de origem africana falou sobre preceitos ensinados por Jesus Cristo, determinou-se a hegemonia do cristianismo. E pensando sobre ressurreição, vida eterna e salvação dos "pecados" e de todos os males que nos assolam, constatei o quanto seria providencial o fim da existência do planeta. Pois estaríamos todos irremediávelmente amparados e salvos. Adeus toda injustiça, toda e qualquer forma de opressão e jugo, toda dor e todo pranto. Mas, não acredito que os planos sejam tão simples assim. Mesmo porque conseguimos tirar proveito de data tão simbólica e emblemática instalada em nosso inconsciente coletivo, de forma tão prosaica. Transformamos em feriado e vamos todos descansar porque o fim do mundo é só no próximo ano...será?
domingo, 10 de abril de 2011
A Dialética e a Terra
Vamos juntos tentar solucionar um problema? Vamos juntos tentar encontrar a melhor solução para uma equação. Vamos juntos tentar compreender-nos? Somos capazes? Discutirmos a questão em jogo poderia ser uma saída. Não é para isso que nos municiamos com informações e conhecimento? O saber não é a chave para alcançarmos respostas? É o que pressupõe a filosofia. Mas, nós e nossa condição de humanos complexos e em estado de dúvida nos confrontamos sempre. E mesmo após a aparente resposta obtida, continuamos em busca. Porque as dúvidas nunca cessam. Agora mesmo os cientistas apresentam, segundo eles uma nova visão da Terra, que diga-se de passagem está mais para uma batata. Como ouvi de alguém conhecido. E pergunto? Aquelas fotografias todas do planeta visto da Lua pelos astronautas, eram montagens? Para os cientistas devem ser. Vou dizer a verdade. Entre o novo formato e a visão "fictícia" . Fico com a ficção. Porque tudo já anda tão estranho aqui embaixo, que imaginar-me vivendo em um planeta disforme, não me faz bem. Fico com os cenários cinematográficos então. Como se já não bastassem os caprichos do planeta, abalos sísmicos, erupções vulcânicas, mais parecendo demonstrações de humor e mau humor do corpo vivo. Ainda termos que suportar uma forma pouco romântica, é muito! Aqui me atenho à estética em detrimento da dialética. E sonho os sonhos dos viajantes espaciais, privilegiados seres a colocarem os pés nas nuvens, nuvens cósmicas. A Terra é redonda.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Simples
Simples! Não, não é tão simples como possa parecer. Na verdade o nome desta banda trai sua música e seu texto. "Já começou a obra nos corações", a canção "O que seria?" afirma esta mais que urgente necessidade. A Simples cria e executa canções pop de grande qualidade. Um trio sincronizado e paraticamente perfeito ao vivo, basta assistí-los para sentir que a música se renova sempre, pois, mentes e corações criadores existem. Diogo Pertence, voz e guitarra, sabe o que diz, poesia pouca é bobgem. Poesia instigante é para os letristas lúcidos. Alguns dos melhores textos da atual cena de bandas novas de Belo Horizonte, são dele. Pop mais que bem elaborado para ouvidos atentos. Ao ouví-los a expectativa fica sempre no ar, aguarda-se a próxima canção simplesmente porque a que terminou provoca esta sensação. Arranjos cuidados com a atenção que músicos com capacidade técnica a altura de suas criações, executam. Riffs e arpejos envolventes, Lucas Caldoncelli, não é um dos melhores contrabaixistas em atividade. Ele é perfeito. Com arranjos na medida exata para sustentar a poesia e as harmonias das canções. É um presente para os ouvidos deixar-se levar pela sonoridade que seu intrumento faz ecoar. Daniel Pertence, energia contagiante em batidas firmes, base segura e sólida para timbres de guitarra limpos e expressivos. Bateria não é instrumento para coadjuvantes e na Simples, ele prova isso. Música viva e sincera, para os que estão atentos. Simples? (www.myspace.com/bandasimples)
domingo, 3 de abril de 2011
Viva a Estupidez!
O pastor norte-americano Terry Jones, propôs queimar um exemplar do alcorão, livro sagrado do islamismo. Em protesto à instalação de um centro islâmico próxima a área onde localizava-se o World Trade Center. Eis aí novamtente uma das maiores demonstrações de arrogância que alguém poderia sugerir. O pastor e suas convicções religiosas, espirítuais e históricas tem a certeza de que age de forma correta. Pensa da forma como os justos e "bons" devem pensar. Prega o que aqueles escolhidos pelo seu senhor, devem pregar. O pastor e sua certeza, são mais uma prova inequívoca de nossos limites e de onde a ignorância pode levar-nos. Deveria ler mais sobre outras religiões. Mas não precisa. O pastor carrega consigo a única verdade, a sua. E ao oriente de onde vive o Sr. Terry Jones, exatamente no Afeganistão, outros, com o justo direito de sentirem-se ofendidos por seu projeto de incineração do livro sagrado, levado à cabo por outros religiosos protestantes, reagem. Estes também querem justiça à ofensa recebida, mas, não vão aos jornais, não vão à mídia. Estes, seguidores do profeta Maomé, vão fazer justiça. Traindo também aos próprios preceitos de seu profeta. Vão ao prédio onde funciona uma unidade da ONU, ao norte do país e executam em represália e protesto, sete funcionários da organização. Depredam o edifício instalado ali, justamente para auxiliar vítmas de uma guerra civil e uma invasão perpetrada e mantida pela pátria do "paladino" Terry Jones. Degolaram, segundo informações, duas das vítimas. E a justiça foi feita. Viva nossa evolução e estupidez.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Haiti, Japão
As semelhanças terminam no fato de ambos serem ilhas. Ah! Quase me esqueci, são habitados por seres humanos também. Um tem o terceiro pib do planeta. O Outro podem ter certeza praticamente não o possui, se se puder considerar pib, algo infinitamente menor do que o próprio benfeitor maior da ilha nossa vizinha guarda em seus cofres. Bill Gates é hoje um dos maiores "investidores sociais" do Haiti. Voltou-se para os países pobres há algum tempo. Promovendo campanhas diversas, desde vacinação em massa da população até negociações com organismos financeiros internacionais em busca de "perdão" de dívidas dos mesmos. Arrecada somas significativas de bilionários pelo planeta afora, com a finalidade de transferir estes recursos em prol de melhorias das condições de vida das populações locais. Bill Gates, percebeu algo que vai muito além de sua dimensão como empresário e inovador de tecnologias. Tenham certeza, percebeu, e é completamente ciente de sua finitude. Não precisa mais acumular fortuna. A outra ilha, que passou recentemente por um dos piores terremotos de sua história, aqui não questiono o fato de também merecer auxílio. Recebeu agora como ajuda humanitária algo aparentemente improvável. Três grandes gravadoras se uniram para lançar coletânea com grandes nomes da cena musical internacional, revertendo os lucros das vendas para a cruz vermelha japonesa. Não me lembro de algo parecido no caso do Haiti. Inclusive, quem agora se lembra do Haiti? Quase trezentas mil pessoas faleceram no país americano. Calcula-se algo em torno de um milhão de desabrigados, ainda sem moradias adequadas, antes também não haviam muitas. Mutilados, orfãos, famílas completamente transformadas por um terrremoto também. Não ouço mais lamentos pelas vítimas haitianas. Não ouço alarde em anunciar a união de grandes grupos em auxílio tão pronto. Mas, é claro que existem milhares de anônimos hoje, tanto no Haiti quanto no Japão em auxílio à vítmas tão semelhantes, humanas. Vejo comovidas demonstrações de apoio ao país do sol nascente. Sol que brilha com intensidade maior na ilha do lado de cá. Wiclef Jean, haitiano que é, continua em sua missão de socorrer irmãos e correndo riscos. O Japão também corre. Mas, um é o terceito pib do planeta. O outro...é aqui.
sábado, 26 de março de 2011
Bertola e os Noctívagos
A mente humana, sua complexidade, perguntas, expectativas e frustrações. As múltiplas facetas de nossa condição animal racional. Limitados, inseguros e inconstantes, ambíguos. Mas também, criativos, questionadores, animais curiosos em constante evolução. Talvez isso e mais um pouco possa definir o trabalho da banda Bertola e os Noctívagos. Doze canções, ou melhor, doze excelentes canções. O Lodo da Mente é o título do primeiro álbum. Muito bem produzido por Léo Moraes, leia-se Pato Multimídia. Um álbum significativo da leva de novos trabalhos da cena atual de Belo Horizonte. Forte, rock´n roll sem economia. Arranjos bem cuidados e executados para carregarem a voz quase monocórdica e emblemática de Flávio Bertola, que desfia toda a sua mordaz e inteligente habilidade para lidar com as palavras, em versos muito bem dispostos. A fauna humana nos é apresentada. Em suas singularidades e similaridades. Músicos com desenvoltura para assegurar o caminho de canções expressivas e contundentes. Quando parecem surgir aos montes bandas apenas seguindo tendências de mercado, Bertola e os Noctívagos, vão até as raízes do rock para brindar-nos com a sinceridade autêntica que o estilo proporciona. Uma banda de guitarras, uma banda de rock, lutando contra o grande monstro, e vencendo.
http://myspace.com/bertolaeosnoctivagos
terça-feira, 22 de março de 2011
Infância Roubada
Algo em torno de 27 milhões de jovens e crianças no Brasil vivem em uma linha não muito confortável materialmente, some-se a isto todos os agravantes de viver em um ambiente "familiar" desestruturado. Pais com poucas condições para prover famílias, desajustes de toda ordem. Alcoolismo, outras toxicomanias, fumo, "crack", que agora parece reinar entre os "miseráveis" com toda desenvoltura. E entre a "turma" supostamente bem nascida também. E temos aí milhões delas simplesmente em plena infância e adolescência jogadas ao lixo. Muitas nem sonham mais. Nossa sociedade, sem cerimônia alguma vira as costas para todas as questões que mereciam discussão exaustiva e atitudes contundentes para eliminá-las. Mas, vamos aos estádios. Gol! Aos shoppings, novos templos de catarse coletiva, comprando aliviamos as pequenas dores do viver. Ilusão! Aos clubes e nos divertimos. Nossos filhos estão bem e protegidos. Sentados diante de monitores de lcd, torcemos por este ou aquele candidato a um milhão. O próximo feliz cidadão endinheirado. Este não terá problemas materiais, seus problemas serão com a doce e decantada "fame", leia-se David Bowie. Nos compadecemos com o sofrimento dos perdedores. Mas quanto de nosso tempo perdemos com o sofrimento e dor de crianças e jovens mal servidos por nosso sistema? Quanto de nós merece sofrer por isso? Acreditamos que quase nada. Este problema, herança colonial, não é nosso. É um problema das autoridades constituídas. Pagamos nossas contas diárias para que eles administrem esses detalhes. Então, sem pudor algum, entregamos crianças e jovens aos exploradores de toda ordem, eles cuidam delas por todos nós. E que o grande senhor de todas as vidas, proteja os despossuídos. Lavamos nossas mãos e vamos ali comprar um pouco mais de fantasia e ilusão, por enquanto.
sábado, 19 de março de 2011
A Evolução, A Contradição
Nossas heranças culturais nos norteiam, sempre. A contradição talvez seja um dos piores incômodos que possam atordoar nossas mentes, e as vezes trazer-nos alguma insônia. Estranho como o que acumulamos em "saber" muitas vezes coloca-nos em posição de grande arrogância diante de outras culturas. Relativizo "saber", pois estamos sempre em posição privilegiada, nem muito esforço precisamos fazer para que as informações sejam gravadas em nosso cérebro. Simplesmente a evolução nos capacitou. Missionários cristãos ainda hoje carregam toda a certeza de que ao levar seus "ensinamentos" a culturas indígenas aqui no Brasil, em outros países das Américas, da Ásia ou da África, estão salvando estas pessoas da "escuridão". Somos realmente muito arrogantes. Contraditórios, nos arvoramos em nossa certeza. Nossa razão é a correta, salvemos os não "civilizados". Isso não era pra ter se extinguido? Nossa arrogância não permite. Nossa extrema presunção em relação ao "nosso" controle, não permite. Não evoluiremos de fato, simularemos uma evolução. Somos ocidentais, pragmáticos, objetivos e extremamente materialistas. Por isso merecemos maior sofrimento, pois os que herdaram o verdadeiro conhecimento, não sofrem. Estamos muito distantes ainda do equilíbrio, da percepeção de nossa interdependência, da busca natural por algo "comum". Não suportamos o comum, pois nos reconhecemos nele. Um empresãrio chinês, portanto não ocidental, esta semana contratou pessoas para destruírem em público um automóvel fabricado na Itália, avaliado em cifras em torno de 1 milhão e meio de reais, o automóvel apresentava problemas, solucionáveis claro, que o proprietário não pode suportar. Incomum que é, destruiu algo que se transformado em moeda poderia alimentar centenas de pessoas. Somos tão evoluídos. Nós ocidentais exportamos para o mundo nossa presunção, claro que também exportamos comportamentos e criações positivas. Mas como pesam as que nasceram da nossa arrogância. Contaminam e traem a civilidade. Mesmo assim conseguem seguidores. Pobres todos nós.
terça-feira, 15 de março de 2011
Pura Energia
Toda a tecnologia, todo o saber que envolve o desenvolvimento de novas tecnologias, toda a nossa certeza cartesiana, toda a razão lógica pura, não suportaram as forças naturais. Jamais suportarão. Agora milhões de pessoas apreensivas buscam proteção contra a radiação que se espalha e não é apenas no Japão. Todos do planeta agora parecem perceber o estado de fragilidade ao qual estamos submetidos, estamos sobre um planeta vivo. Suas forças nós não podemos controlar, suas reações naturais, seus ajustes tectônicos, nada podemos. Nossa verdadeira condição está mais que explicitada. Ordem para receber rações de comida. Estáticos sobre uma passarela que escapa-lhe dos pés. Calmos, talvez os únicos com a certeza do poder sobre humano das forças naturais. Assim reagem os atingidos por terremotos, ondas gigantes e por último os efeitos da radiação. Radiação esta, provocada por elementos tão naturais quanto todos nós. A energia pura, concentrada em elementos ancestrais, minerais com a capacidade de gerar calor e com este produzir energia elétrica que movimenta nações inteiras. Um país sobre fendas marítimas, uma ilha simbolizando o próprio planeta, ilha vagando em órbita conhecida, mas livre em um universo praticamente desconhecido. Apenas as luzes distantes nos dão algum alento e dizemos: Aquele brilho é de estrelas que se apagaram a milhares, milhões de anos. Este nosso único alento, o brilho de estrelas. Sim, estrelas possuem brilho, estrelas possuem materiais orgânicos em combustão intensa, até sua extinção. O brilho é o que vemos. Estrelas assim como a terra são vivas. E nós? E nosso brilho ou luz? Estão realmente dentro de nós? Agora eclipsado, pois diante de nós a realidade bate. Tão naturais quanto o planeta e o universo, quem consegue, percebe nossa condição primeira. Pura energia.
sábado, 12 de março de 2011
Apenas Aparências
Entre as 100 mais conceituadas universidades do mundo, 7 das que ocupam os 10 primeiros lugares são norte-americanas. Nenhuma universidade brasileira aparece nesta lista. Todos os países que alcançaram status de desenvolvidos investiram na educação sempre e cada vez mais investem. Todas as nações que conseguiram erradicar doenças endêmicas graves e distorções sociais marcantes investiram na educação. Todas as nações que fizeram uma distribuição mais justa de renda, investiram em educação. Saia pelas ruas do país, do Brasil e procure observar a partir do comportamento das pessoas, quais são suas prioridades. A parcela que colocará o ensino como prioridade será a menor. Estamos muito distantes ainda da consciência plena das transformações possíveis adquiridas com a educação. Tudo se transforma. Mas vivemos em um sistema onde partidos políticos fazem o inaceitável, registram em cartório a partilha de cargos "públicos", e, descumprem o acordado. Aconteceu no interior de Minas Gerais. Nação onde a Lei da Ficha Limpa é burlada com "artimanhas" jurídicas, para empossar candidatos que respondem a processos judiciais, inclusive por uso indevido de verbas públicas. E conseguem ocupar os cargos. Nação onde "leis", precisam "pegar". Assim, será que esta lei vai" pegar"? Nação complexa, gigantesca, tantos brasis dentro de um grande Brasil. O Supra-sumo e a miséria convivem lado a lado. Fingimos estar tudo bem, mas não está.
terça-feira, 8 de março de 2011
Alegria, Samba e Lágrimas
Carnaval, mais um em nossas terras continentais e esplendidas. Sempre convidativas à diversão, ao deleite em dias e noites regados a música, praia ou cachoeiras, lagos ou rios, não importa. Baco, a guiar-nos embriagados. Nas estradas, no primeiro dia de festa, morte. Nem ao destino final chegaram os viajantes. Nossa tragédia diária não nos deixa esquecer, nossa imprudência, nossas desculpas. Nem mesmo os filhos que amamos nós perdoamos, muitos também não brincaram embalados por vários de dezenas de rítmos da riquíssima cultura nacional, mortos. Ansia em chegar onde nem mesmo sabemos. Ultrapassar o inimigo? Mas, na mesma estrada não viajam juntos nossos "irmãos"? Há inimigo? Existe rival? Não!. Correm juntos os que vão de encontro ao samba, ao frevo, maracatus, bois. Os rítmos todos, como a esperar aqueles para as danças em réquiem. Deveriam ser de celebração da vida, sempre! Mas aqui as transmutamos. Vamos celebrar o início do fim de vidas inocentes, que desavisadamente correm para o abismo. Vamos sorrir alcoolizados e entorpecidos, vamos morrer em mais um carnaval. Estatísticas anuais engordam o número de óbitos. Tão frágeis em si as desculpas proferidas. Tão desalentadora a crença de que mudanças reais aconteçam no íntimo dos que saem para a festa de alegria, vida e verdadeira celebração. Mas, vamos sonhar com o próximo carnaval. Vamos cantar, dançar e reverenciar a vida. Vamos!
sexta-feira, 4 de março de 2011
O Chip
Ouvi hoje a notícia de que uma universidade norte-americana, desenvolveu um chip de um milímetro de comprimento que tem um sistema computadorizado dentro de si. Em princípio o chip será usado para medir pressão no globo ocular. Mas, depois? Depois não, agora nesse instante voce que possui um aparelho celular ligado ou desligado, mas com a bateria conectada, é encontrado em qualquer ponto do planeta. O grande irmão, nos encontra onde quer que estejamos com nossos rastreadores móveis. Tudo em nós praticamente já foi desvendado, biologicamente falando. As sequências de nosso dna em breve serão todas identificadas e "controladas". Isso em nosso corpo. Imagine o que não farão os "donos" do mundo para ter o controle total de nossos passos. Farão tudo. Não vivemos em um mundo de ficção científica, pois não é mais ficção. Já é real. Somos o tempo todo monitorados e "seguidos". Sabem quase tudo sobre nossos hábitos de consumo, preferências culturais e lazer. Sobre nossas despesas com saúde, educação e compras diversas. Nossos números de cartão de crédito dizem tudo isso a eles. Trocam entre si informações ao nosso respeito, os "bons" clientes. Os que devem ser "cativados", mantidos e aproveitados. Vamos como um bando de "cheeps" para onde eles decidirem. Vamos às compras em promoções espetaculares, vamos ao consumo salvador e redentor. Para eles. O sistema somos todos nós, mas o controle é apenas deles. Tenham certeza são competentes e parece que nosso comportamento os fazem praticamente indispensáveis. Porque queremos a comodidade de não "pensar". Eles pensam por nós. Criamos tudo o que aí está. Nosso universo individual e complexo, gerou tudo o que temos a nossa volta. Mas, nos sentimos ainda "perdidos". O dia da salvação chegará em um chip da cura de todo o mal. Tenha certeza ele chegará.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Viva A Revolução Da Juventude Lúcida
O mal não poderá vencer. As batalhas, muitas, até ele sai com a impressão de que é vitorioso, mas a guerra. A guerra. A juventude lúcida nas ruas do oriente médio ou norte da África, vencerá. Está vencendo. Entregando-se por completo, muitos deixando suas vidas nos "campos". Mas não é assim que nascem os mártires? E não é pela liberdade de todos que eles lutam? A parcela de liberdade de cada pessoa de bem do planeta? Não é por todos que estes jovens estão lutando, sofrendo e morrendo? O ditador ensandecido de um país quase afogado em tristeza, disse que aqueles jovens ali "drogados" e "fora de si" não representavam o povo. Ele o ditador os representa. A juventude simplesmente o desafiou. Vamos retomar o que pertence a todos. Parecia ser este o lema. Não parecia. este é o lema. Esta é a unica saída. A verdadeira revolta contra injustiças gritantes. Contra um louco auto-intitulado governante "vitalício" de vidas que não lhes pertencem. Um louco ordenando a destruição de campos de petróleo que pertencem ao povo. Viva a verdadeira revolução, a juventude lúcida e sem medo. Porque percebeu que não se pode viver toda uma vida de joelhos. Viva! Viva a verdadeira vida pulsando nos corpos da juventude lúcida. Da atitude revolucionária e salvadora. Da energia vital e única, das mentes livres de egoísmo nessa hora. A hora da verdadeira e única revolução. Dos corações em estado de esperança, das conquistas não só para eles, mas, também para gerações que virão. Viva! Não, não são jovens embriagados e drogados. São jovens vivos e lúcidos. Conscientes de que o dia do basta chegou e, de que eles fazem parte dessa revolução. Lúcidos e com suas energias e almas puras, limpas e eternas. Viva! (Foto: Marco Aurélio Prates)
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A Insustentável Leveza
-Estou feliz! Ouvi um amigo dizer um dia desses. Perguntei porque, ele respondeu: Por nada, assim sem razão, feliz. Parece estranho ouvir tal afirmativa nos dias de hoje, ou talvez sempre foi estranho. Temos que ter razões para tudo. Para levantarmos a cada manhã. As práticas, são o trabalho, as atividades cotidianas da casa, as crianças para a escola; quem as tem é claro. O cão para passear, quando o "amamos". O automóvel para a revisão ou para reabastecer. Tantas e diversas razões diárias. Apenas a vida prática, racional e produtiva. Mas temos nossas depressões, mal estar aparentemente sem causa. Nossos medos, receios, desesperanças. Frustrações, sejam racionais de fato ou subjetivas. Mau humor, o calor, a falta de chuva ou o excesso dela. As notícias. Ditadores não querem deixar o poder. As pessoas vão para as ruas, muitas morrem. Terremoto, o pânico, o medo de novo. Pessoas morrem, sem ver a queda dos ditadores. Tenha certeza que algumas vítmas no terremoto estavam sonhando a milhares de quilômetros de distância, com a queda de alguns deles, ou de todos eles. Mesmo assim morrem. Felicidade gratuíta. "Leve urgência construindo amor supremo". Leve porque nem percebemos que no fundo nossa vontade é sentir o bem estar que meu amigo sentiu. Urgente porque há milhares de anos, justo o contrário tem sido erguido por nós, o desamor. Vez ou outra, surgem uns iluminados e nos indicam novamente a possibilidade, mas voltamos para a vida prática. O automóvel, o cotidiano pobre em sentimentos e verdadeiras razões para sentirmos como meu amigo, feliz apenas...
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Johnny Cash
Ouvi Johnny Cash cantando a canção One da banda U2. E tenho certeza agora de que Deus existe. Porque só algo superior para permitir que Johnny Cash vivesse entre nós. Ouví-lo com sua voz inconfundível, praticamente impassível diante das adversidades cantar: "Que o amor é um templo, que o amor é a lei maior". É simplesmente transcendental, porque é Johnny Cash cantando. Porque todas as respostas parecem surgir com sua voz monocórdica declamando os versos. Ele não expressa suas emoções, ele deixa para que o ouvinte o faça. Ele apenas declama. Todo o julgamento, toda a decisão e o caminho a percorrer nos versos da canção ficam por conta de quem do lado de cá conseguir perceber que Johnny Cash disse tudo, tudo com sua voz, usando versos de outra pessoa. O trovador mais que solitário. Aquele que desafiou toda e qualquer dor. Que os desencantos e as dúvidas descritos na letra, transformam-se em um hino à esperança plena de algum conforto. Pois, não se pode conceber sofrimento eterno. E Johnny Cash, logo ele que tanto sofreu, canta suave e denso: "Que o amor é um templo, que o amor é a lei maior". Viva Johnny Cash!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A Vida, Sempre!
Não há como lutar contra. A vida sempre vence. Seja nos lugares considerados mais inóspitos para sua existência ou seja agora, aqui ao nosso lado. Sempre a vida em demonstração inequívoca e ininterrupta de sua força e missão; existe. Uma criança recém nascida, com o cordão umbilical ainda ligado a si foi retirada e salva da morte em um córrego. No Brasil. Estranho como as reações são tão humanas quando tais notícias chegam ao conhecimento da população. Estranho mais ainda partir de pessoas tão semelhantes a estas que se compadecem diante de gestos tão extremos e bárbaros, atos semelhantes. Toda a complexidade da condição humana está muito longe de ser desvendada. Pois, os mesmos que lamentam, podem ser aqueles que amanhã cometerão o próximo ato que emocionará seus iguais. Em um ciclo que é claro terá fim um dia. Mas, ainda mais misterioso ao nosso intelecto é compreender o por que. Se houver é claro resposta apropriada que nos garanta explicação. Nossa condição de talvez sermos os únicos seres vivos "inteligentes" do universo pesa-nos e muito. A grande dúvida, o medo de só a nós "pertencer" todo o universo, a responsabilidade de mantermos algo tão fantasticamente superior à nossa compreensão. Mas, além de todos os nosos limites reais e os aparentes está a vida. Esta segue seu fluxo como os córregos, poluídos ou não, correm para os rios e estes, correm para o mar. Sempre a vida.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Muita Atenção, Sempre!
Precisamos de apenas um segundo para perdermos o controle de nossa razão e cometermos algo nocivo. O mais estranho é que para fazer o bem, costumamos "pensar" bem mais. Ponderar sobre se tal pessoa ou tal intenção merece mesmo nosso empenho. Se tal indivíduo está a altura de nossa boa ação. Se o mundo merece este grande gesto nosso. Não importa qual a intensidade do bem. Mas, o mal. Este impera no campo do irracional sem muita cerimônia, ou praticamente, nenhuma. O mal pode instalar-se em nossa mente por um quase nada, basta em um dia de extremo mau humor de nossa parte, alguém desavisadamente esbarrar em nós. E a guerra aí está. Uma super dose de adrenalina leva-nos simplesmente a quase agir de forma irracional. Não pensamos, não ponderamos, nenhum segundo da grande marcha histórica em nossa evolução conta. Apenas, do alto da "humilhação" sofrida, reagimos. E as reações em tais situações não costumam ser nada brandas. Gritamos nossa razão, deturpada nesse instante, mas nossa. Expomos nosso direito, e que se dane o do outro! Do alto do que ainda resta de intelectualidade nesse instante, vociferamos nossa vontade de simplesmente exterminar aquele que ousou tirar-nos do equilíbrio. Quem não leu aqui ou ali noticias sobre atitudes assim? Veículos colidem, as vezes nem se arranham. O proprietários, como que em defesa da própria vida saem "armados" em proteção ao "bem" material. extensão de nós mesmos nesse tempo ultra materialista. Sacam revólveres quando possuem, mesmo tentando fazê-los de difícil acesso, possuem. Sacam de suas ferramentas para troca de pneus ou uma manutenção rápida no veículo, transformam-nas em artefato bélico, para a que a justiça seja feita. Matamos uns aos outros em grau extremo. Li tal notícia, dois motoristas conseguiram atirando um no outro em uma cidade do nordeste do país, matarem-se. O primor do irrascível venceu. Animais que somos, deixamos muitas vezes logo o irracional sobrepor-se. Vamos tentar com muita atenção, respirar fundo. Olhar nos olhos do "desafeto" diante de nós, não para buscarmos seu ponto vulnerável, mas, sim para tentarmos perceber o que de humano é comum em nós. Não é o que somos afinal? Humanos.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Os Sinais
"...eu não duvido, já escuto os teus sinais". Talvez a incredulidade plena seja a maior demonstração de limite de uma pessoa. Tudo bem, todos nós temos limites, mas penso que eles também precisam e devem ser relativizados e os conceitos que os alimentam, serem revistos. Por exemplo. O novo governo decretou cortes substanciais no orçamento para este ano, cerca de 50 bilhões de reais. Os impostos que voce, eu e praticamente todos os brasileiros, mesmo aquele que agora está embaixo de um viaduto, bebendo cachaça ou fumando um cigarro convencional; pagamos. Compõem este montante. Pois consigo ainda ouvir pessoas dizerem: Eles dizem que cortam tanto e gastam o dobro. Meu santo graal! Não podemos por alguns minutos acreditar em alguma boa intenção de alguns administradores do erário? Podemos. Acredito assim, conseguimos expandir um pouco mais o alcance de nossos limites. Quero acreditar que alguém pensará em administrar o orçamento da união, assim como administramos nossos orçamentos cotidianamente. Afinal o país é apenas nossa casa em maior dimensão. Partindo do princípio de que a incredulidade pode gerar justamente o oposto do visualizado a partir de si, se assim fosse. Direi e professarei: Não acredito no amor, nas boas intenções alheias, na harmonia e na evolução das mentes humanas. Pronto, tudo estará resolvido. Pois tudo em que não acredito passará a existir a se materializar. Não me faz bem ouvir algumas canções super populares, mas não posso proibir o Nando Reis de gravá-las. Pois, o exercício de crença no que está cantando o faz expandir os limites que citei. Ele está um pouco melhor que antes. Nós e eu particularmente no que concerne ao que ele gravou, estamos nos privando dessa expansão. Mas posso buscar esta expansão de limites em outras manifestações. Eu tento, sempre! "...eu não duvido..."
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Um Poema
UM OBJETO (O AMOR)
UM OBJETO TOMOU CONTA DE MIM /
UM OBJETO PODEROSO E FORTE TOMOU CONTA DE MIM /
DEVASTOU MEU CORAÇÃO /
REDUZIU MINHA EXISTÊNCIA A FILIGRAMAS /
MAIOR QUE MINHA VONTADE DE NÃO PERMITIR /
BUSCO COM O TATO, VESTÍGIOS DE TUAS MÃOS /
OUSO SONHAR QUE ENCONTRO /
OUSO SONHAR QUE ENCONTRO /
NÃO. /
MEUS PÉS BUSCAM PISAR TUAS PEGADAS /
ENCONTREI O CAMINHO, CERTEZA /
BUSCO NOS CANTOS , NO CHÃO, EM TODO LUGAR, VESTÍGIOS TEUS /
SE ENCONTRO UM FIO DE CABELO, PARECIDO COM OS TEUS, PARO, SINTO COM OS DEDOS, COM MINHA LÍNGUA /
UMA PARTE DE TI /
OUSO SENTIR O TODO /
OUSO SENTIR O TODO /
UM OBJETO /
O AR QUE RESPIRASTE E ONDE DEIXASTE TUA ESSÊNCIA /
AGORA, ENVOLVE-ME E ALIMENTA-ME /
OUSO VIVER EM TI/
OBJETO AMOR.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Um Lugar Distante
Muitas vezes a impressão que insiste em não se afastar de mim é a seguinte: Vivemos em uma terra muito, muito distante de onde imaginamos estar. O Brasil parece em diversos momentos ser apenas uma ficção, algo que existe nas mentes de cada um de nós e por consequência "administrado" de acordo com interesses individuais. Por isso insistimos em nos manter assim, "preocupados". Sim, entre aspas mesmo. Porque nossa preocupação tem dia e hora marcados, por exemplo. Acontece uma catástrofe. Estamos lá, todos na linha de frente para socorrer as vítmas. Conclamamos a nação inteira, e, no mais alto grau de altruísmo, até os que possuem pouco, entregam-se ao exercício do auxílio. Mas, assim como que esquecendo totalmente nossa condição de humanos civilizados e iguais. Desviamos doações, separamos o melhor do "monte" para nós, para quem "amamos", um par de tênis para este, uma boa peça de roupa para aquela. São tantas cestas-básicas, que uma só não fará falta. E nos sentimos completamente tranquilos em relação a estes atos. Porque oras! O que há demais em nós mesmos nos recompensarmos por nossa boa ação? Não há nada de errado nisso! Nos habilitamos para trafegarmos com nossos veículos pelas ruas e rodovias, mas, ao primeiro sinal de ser parado em uma blitz e na possibilidade de alguma irregularidade vir a ser percebida, alguns de nós não conseguem ter sequer dois segundos de dúvida. Vamos apelar para as desculpas que já estamos treinados em proferir, simplesmente porque as ouvimos de grandes "autoridades" que também já foram, coitadas, por falta de sorte surpreendidas também em seu exercício penoso e individual de administrar sua parte no país da ficção. E propomos uma saída boa para todos. Assim vamos construindo uma terra distante, bela e "hospitaleira". Recebemos turistas, para assassiná-los e roubar-lhes os pertences com o corpo ali ainda recém executado. Criamos depósitos de detentos. Nossas prisões fazem a justiça que desejamos. Ouvi pessoas aprovarem a existência de uma "jaula" em delegacia de uma cidade brasileira dizendo: Eles merecem, são bandidos. As mesmas que tentaram suas pequenas "negociações" para não serem justiçadas na blitz. Fazemos plebiscitos. Fizemos um para decidirmos se o uso de armas de fogo seria proibido ou não. O "não" venceu. Os jovens que assassinaram outro jovem e promissor atleta na saída de uma festa para roubarem um cordão de ouro, que não levaram. Estão presos nas cadeias que desejamos serem o primeiro passo para nossa "justiça" torta e incompleta. Nossa hipocrisia nos protege. Nossa lei nos ampara, somos ainda uma "nação" tão jovem!. Vamos assim sonhando com a terra distante e perfeita. Um dia ela virá.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Um Gesto Simples
...o jovem Zucker não voltou sua atenção para os que animadamente conversavam ao seu lado. Estava pensativo, indagava-se sobre a real necessidade em dividir sua atenção com aqueles que pareciam, à primeira vista, não ter quase nada a oferecer. Estranho, porque não pensava apenas em si. Pois mesmo sem informar a ninguém sobre seu objetivo maior, sabia que muitos beneficiariam-se com seu sucesso. Portanto não era algo tão egoísta como poderia parecer às mentes limitadas. Era apenas algo que passou por seus pensamentos e agora tornou-se quase uma obsessão. Quase, porque sua vida continuava com toda a normalidade cotidiana. Não era uma vida monótona, não havia como ser, pois não é todo mundo que tem a certeza que consquistará o que almejou. Mesmo porque aos olhos de todos, seu objetivo seria algo mais que improvável de se realizar, mas eles não sabiam. E precisavam? Não, não compreenderiam nunca. O jovem Zucker, estava mais que determinado, nada o afastaria de seu objetivo. Não haveria nada que o fizesse recuar. Ali, envolvido em seus pensamentos, observou quando um de seus interlocutores, a quem ele simplesmente não dispendia atenção alguma, entregou à sua companheira ao lado, um bilhete. Conseguiu ler:
Zach, para Virna. Espero voce as 8:00h. Pronto, pensou Zucker. Sei exatamente o que fazer...
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
A Civilidade
Os civilizados não gostam dos índios, também não gostam dos negros. Os civilizados não gostam dos amarelos também, apenas toleram porque agora eles possuem muito, muito dinheiro! Os civilizados invadiram a África, escravizaram os habitantes de lá, exploraram as terras deles, e tinham consigo toda a certeza de que em nome da "civilização", faziam o que era certo. Cortázar, um civilizado, liderou a invasão das Américas, sob seu comando milhares de "índios" foram assassinados. Levaram toda a prata, todo o ouro, todas as pedras preciosas que puderam. Tudo isso em nome dos reis de sua terra. Os civilizados não gostam de si ou simplesmente temem o "diferente"? Quem é o civilizado? Ouvi a história de uma índia brasileira. Ela moradora de uma reserva
"protegida" pela Funai, argumentava sobre o direito secular e histórico que sua tribo possuia em praticar a pesca em um rio que corta a reserva. Um fazendeiro "comprou" terras vizinhas à reserva. Não consigo entender como fazendeiros, empresários ou quem quer que seja consegue se tornar proprietário de terras tão extensas e tão anteriormente pertencentes aos índios. Não consigo. O fazendeiro dizia que não queria os "índios" pescando naquele rio. Ela contra-argumentava dizendo que aquele rio pertencia à terra e que sua tribo estava ali há mais de 500 anos, que tinha o direito de pescar ali e não deixaria de fazê-lo. O fazendeiro insistia e ela em sua fala dizia: O senhor tem gado, para alimentar seus filhos, nós temos os peixes do rio que nosso deus Tupã deixou para nós. Vou continuar a pescar. O fazendeiro cedeu e permitiu que ela e seu esposo continuassem a pescar no rio, desde que fossem apenas eles e que não usassem redes. É claro que a índia e seu esposo levavam consigo outros índios para pescar. E assim estão, pescando no rio que o deus Tupã deixou-lhes para fornecer o sagrado alimento. Quem são os civilizados?
"protegida" pela Funai, argumentava sobre o direito secular e histórico que sua tribo possuia em praticar a pesca em um rio que corta a reserva. Um fazendeiro "comprou" terras vizinhas à reserva. Não consigo entender como fazendeiros, empresários ou quem quer que seja consegue se tornar proprietário de terras tão extensas e tão anteriormente pertencentes aos índios. Não consigo. O fazendeiro dizia que não queria os "índios" pescando naquele rio. Ela contra-argumentava dizendo que aquele rio pertencia à terra e que sua tribo estava ali há mais de 500 anos, que tinha o direito de pescar ali e não deixaria de fazê-lo. O fazendeiro insistia e ela em sua fala dizia: O senhor tem gado, para alimentar seus filhos, nós temos os peixes do rio que nosso deus Tupã deixou para nós. Vou continuar a pescar. O fazendeiro cedeu e permitiu que ela e seu esposo continuassem a pescar no rio, desde que fossem apenas eles e que não usassem redes. É claro que a índia e seu esposo levavam consigo outros índios para pescar. E assim estão, pescando no rio que o deus Tupã deixou-lhes para fornecer o sagrado alimento. Quem são os civilizados?
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